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Qualquer cientista sabe que, em um estudo com número muito grande de autores, poucos são aqueles que escreveram mesmo algo ou atuaram efetivamente na pesquisa que originou ou trabalho. Muitos nomes entram por razões bem paroquiais e pouco "autorais", como empréstimo de material para experimentação, cessão de dados etc.
É comum até mesmo o etéreo "empréstimo de prestígio", quando se trata de um cientista mais conhecido. Um nome de fama no meio acadêmico abre muitas portas --sobretudo portas de revistas científicas cujos artigos são revisados por outros cientistas. E um cientista, como qualquer outro ser humano, é um animal político. Em troca de emprestar seu nome, o figurão engorda seus números de produtividade de artigos sem ter muito trabalho. Alguns cientistas acham isso errado, outros acham que faz parte do jogo. Tanto faz.
O problema é que essas particularidades do sistema de publicações científicas nunca são debatidas quando o que está em evidência é o mérito de um trabalho, e não sua desgraça. Se o plágio do referido estudo nunca tivesse sido descoberto, provavelmente o artigo serviria apenas para entrar na conta do cientista sênior, engordar os valores de suas bolsas de estudo e somar pontos em avaliações acadêmicas.
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