domingo, 23 de agosto de 2015

Camiseta de Corrida é anti-ecológica!

Quase todas as corridas no Brasil entregam, para quem paga a inscrição, uma camiseta. Geralmente é uma camiseta de um tecido "tecnológico". Isto é, não é de algodão. É de poliamida ou algo parecido. Acredito que a maioria dos corredores usa a camiseta no máximo algumas vezes e depois descarta. Eu mesmo tenho uma pilha de camisetas, muitas das quais nem usei. É anti-ecológico! Muitas camisetas são tão ruins que nem para doar servem. Outras fedem com pouco uso. E as camisetas que são boas muitas vezes são desnecessárias. Todo corredor experiente já tem uma infinidade de boas camisetas.

Além do mais, em geral as camisetas são muito feias. Algumas por cores berrantes, que me incomodam. Outras são só feias mesmo (ver fotos abaixo).

Uma das camisetas mais feias de todos os tempos. A que simulava um pijama, da Corrida Noturna Unimed 2013.


Exemplo de camiseta de corrida. Foto do blog do Fabio Namiuti.


Lá no CorrridasPR (página muito boa com listagem de corridas em todo o Paraná), levantei esta questão nos comentários de um post. Uma solução apontada foi ter pelo menos a opção de inscrição sem camiseta, com custo menor. Não sei o que os organizadores acham disso.

Por que decidi escrever este post? Porque acabei de assistir ao filme The True Cost (tradução: O Custo Real). É um filme fantástico! ★★★★★

O filme conta quase todos os podres da indústria da moda. Desde a produção de algodão usando transgênicos e agrotóxicos (o que levou a mais de 250 mil suicídios de agricultores só na Índia e a muitos casos de câncer em fazendeiros americanos), passando pela quase escravidão dos funcionários das fábricas em Bangladesh (só num acidente, mais de 1000 mortos numa fábrica), Camboja, China, Índia, e terminando no estímulo ao absurdo ao consumismo da Fast Fashion em que quase toda semana tem novidade nas lojas.

Minha "solução", isnpirada pelo filme: se a corrida for dar camiseta, que seja opcional e que seja de algodão orgânico e produzida de forma sustentável. O que você acha?



Veja aqui a ficha do filme no IMDB, a conta do filme no Twitter, e abaixo o trailer do filme.  


PS: Comentário pertinente do Leonardo Liporati lá no Google Plus:


A solução pessoal foi diminuir o número de provas. Fui hoje no quarto evento do ano. Um deles deu camisa de algodão. Mas há outras coisas anti-ecológicas: chip descartável. Este e o número vieram dentro de um plástico. Desnecessário. Foi direto para o lixo. Aqui não tem coleta seletiva.

Ele também postou o seguinte sobre o excesso de medalhas:




quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Parkour e Crossfit em Curitiba

Este post está relacionado com minha tentativa de correr menos e fazer mais exercícios funcionais. Minha preferência de exercício complementar à corrida seria MovNat mas não tem nenhum instrutor de MovNat por aqui. Enquanto isso vou fazendo por conta própria.

As aulas abaixo aconteceram no box CrossFit High Pulse, em Curitiba. As aulas de Parkour são em parceria com a Ponto B - Aulas de Parkour. Existem outros boxes de Crossfit em Curitiba (exemplo: Kaluanã) mas acho que Parkour só na Ponto B mesmo. 

Parkour

No dia 10/08 participei de uma aula-teste de ParkourEu era o único adulto. Os outros 5 eram crianças (acredito que na faixa de 10 a 12 anos).
O professor (Igor) também era homem. Por que Parkour atrai mais homens do que mulheres no Brasil?
A aula foi bem simples. Nos primeiros minutos alguns aquecimentos bem simples e depois treino de diferentes vaults: Monkey Vault, Speed Vault, Lazy Vault, Kong Vault... Existem vários vaults: https://en.wikipedia.org/wiki/Vault_(urban_movement) ...
Apesar de simples foi bem divertido. Levei apenas uma queda smile emoticon
Como foi tudo dentro da academia de Crossfit, sem riscos.
O vídeo abaixo tem demonstração de alguns vaults:



Eu tenho que confessar que tinha uma visão errada de Parkour. Achava que era algo mais radical. Foi o Christopher McDougall quem me fez mudar esta visão. Aqui um vídeo que ele postou:



Crossfit



Box da Crossfit High Pulse


No dia seguinte (11/08), fiz uma aula experimental de CrossFit.  Foi assim: a professora Simone se apresentou e pediu para cada um se apresentar. Claramente eu era a pessoa menos "parada" dali. Posso não estar super em forma mas ainda faço umas 3h de exercício por semana. Tinha 5 ou 6 pessoas. Algumas pessoas estavam lá no mesmo horário mas não estavam fazendo a aula experimental. Cada um escrevia seu nome no quadro branco.
No começo fizemos fomos instruídos sobre como fazer burpees e um levantamento de uma barra de plástico da altura do ombro até em cima da cabeça (esqueci o nome). Ah, aprendemos também a fazer agachamento. Primeiro até a altura do joelho, depois indo um pouco mais pra baixo.
A segunda parte foi o aquecimento. Para o aquecimento foi usado o método Tabata: 20 segundos de exercício + 10 segundos der descanso. Claro que não foi o Tabata de verdade, pois os 20 segundos não eram "ultra-intensos". A gente ficou repetindo 2 exercícios: burpees e o levantamento. Nada super-intenso. Bem razoável.
A terceira parte foi o WOD. Três repetições de:
- 200m de corrida
- 20 sit ups (usando uma espécie de almofada)
- 20 balanços com Kettlebell (KB swings) - curioso que levava o KB até a acima da cabeça.
- 10 saltos em caixa (box jumps)
Aqui a parte de que menos gostei. Senti uma certa pressão (não da professora, mas do ambiente) de terminar o mais rápido possível. Afinal de contas, tem música alta (não gosto), tem cronômetro (e depois você deve registrar seu tempo no quadro). Enfim, fui o penúltimo a terminar pois fiz questão de parar e descansar em alguns momentos (estava usando meu frequencímetro).
No fim, alongamentos. Também não gostei. Detesto alongar-me smile emoticon
Entre uma "fase" e outra tinha intervalos para descansar e beber água, se precisasse.
Tempo total da aula: uns 65 minutos.
Enfim, não acho que faria 3x por semana. Mas uma aula eventual uma vez por mês eu até toparia.

Um detalhe importante e muito positivo: num box de CrossFit a única coisa que consome energia elétrica é o som (que toca música) e as lâmpadas. Todos os equipamentos (Kettlebells, caixas, cordas, etc.) são "desplugados".

PS: uma outra atividade complementar à corrida de rua é a corrida em montanha. Também já tem treinamento específico para ela em Curitiba. Leia no post do Daniel Júnior.