sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Ciência é Paixão, por Francisco Antonio Doria

O tema do novo grupo é, ciência é paixão; é também o nome/slogan do grupo. Mas quero fazer uma discussão bem ampla (até porque minhas visões a respeito são bem heterodoxas). Resolvi criar este novo grupo a partir de uma espécie de manifesto que reproduzo abaixo:

- Pesquisa e ensino são indissociáveis porque você só ensina bem aquilo que você faz, aquilo para o que você contribui. Quem abre o livro, lê dali, e explica para o aluno é ator de telecurso, e não professor.

- Qualquer coisa na vida, para ser bem feita, exige talento. Ciência também, obviamente.

- Cientista produz: descobre coisas, inventa, escreve sobre o que pensou, criou. Hoje em dia há pilhas de revistas científicas, e, desde que você escreva alguma coisa minimamente razoável (insisto: minimamente razoável) você arranja algum lugar interessante para publicar suas idéias. O mercado é favorável a quem escreve.

- Formar pessoal, isto é, orientar teses, é uma coisa; fazer pesquisa é outra. Se você trabalha na fronteira, em questões difíceis, é loucura oferecê-las como tema de doutorado ou, pior, mestrado. (Tanto que formação de pessoal é coisa da Capes, e pesquisa, do CNPq).

- Dar aulas, participar de bancas, de comitês, de avaliações, é serviço obrigatório. Todo mundo deve fazê-lo. Não pode contar como trabalho de pesquisa...

- Ciência é paixão.

A coisa parte daí.


Francisco Antonio Doria
Professor Emérito COPPE-UFRJ
http://lattes.cnpq.br/3752438139035667


Para quem quiser participar das discussões, o endereço do grupo é http://groups.google.com/group/ciencia-paixao




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