terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Apoio ao Manifesto contra o CNPq na seção de cartas do Estadão

Cientistas x oligarquia 

A indignação com o sistema de 
avaliação de produtividade dos 
cientistas brasileiros pelo Conselho Nacional 
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico 
(CNPq), manifestada por pesquisadores de pequenas 
instituições na reportagem Cientistas 
pedem fim de oligarquia; (26/12, A11), é justificada pela falta 
de clareza e de transparência nos 
critérios utilizados, gerando suspeita de 
favorecimento político em benefício da 
oligarquia. Nem mesmo critérios 
cientométricos, amplamente utilizados nos 
países mais desenvolvidos para essa 
finalidade, são rigorosamente aplicados pelo 
CNPq na classificação de pesquisadores 
com o mesmo nível de produtividade. 



ANTONIO C. M. CAMARGO, professor titular da Universidade de São Paulo 
acmcamargo@butantan.gov.br 
São Paulo .



Veto à inovação 

É bom ver que o Estado dá espaç à crítica ao CNPq. Interajo como CNPq há 30 anos; por 
décadas fui beneficiado por Bolsas de Produtividade em Pesquisa, participei ocasionalmente 
do Comitê Assessor da Química, etc. Os membros dos Comitês Assessores, que analisam os projetos nas diversas áreas, em geral são pessoas que têm  
dado provas aos funcionários de diversos escalões de que não têm idéias inovadoras, que levem a incômodas mudanças. Reúnem-se por curtos períodos 
e em poucas ocasiões anuais, quando devem decidir sobre milhares deprojetos. Tão precárias circunstâncias 
decisórias quase obrigam ao recurso 
de contagem de publicações. Mas não; dirão 
eles, a decisão é balizada em pareceres anteriores de assessores ad hoc (escolhidos por 
funcionários). 
Mas o assessor, por sua vez, seja por falta de tempo, de 
interesse ou de conhecimento, recorre à numerologia das publicações para dar 
sua avaliação. As vítimas do sistema não são apenas as pequenas instituições, ênfase da 
matéria. Há outras, como, por exemplo, propostas muito inovadoras. O assessor 
escreverá que o pesquisador não tem publicações anteriores na área; 
e dará parecer contrário. Ora, se houvesse ;publicações anteriores, a 
proposta não seria inovadora. 


MILAN TRSIC, professor titular aposentado da Universidade de São Paulo 
cra61@iqsc.usp.br 
São Carlos 





domingo, 28 de dezembro de 2008

Premiada, pesquisa propõe identificação digital de bebês

23/12/2008 01:36
Sensor formado por câmera digital com uma lente supermacro e prisma de vidro óptico
Autor: Daniel Weingaertner

O professor Daniel Weingaertner, do Departamento de Informática da UFPR, foi um dos cinco vencedores do "Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS 2008", organizado pelo Ministério da Saúde.                                   

                                                             

 
Intitulada "Aquisição de impressões palmares em formato digital para identificação biométrica de recém-nascidos", a tese, premiada na categoria de doutorado, havia sido apresentada originalmente ao Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente da UFPR, em novembro de 2007. A premiação ocorreu no último dia 9 de dezembro, em Brasília. 

A pesquisa consiste no desenvolvimento de um sensor ótico para a coleta de impressões palmares e plantares, com vistas à criação de um banco de imagens e um sistema automatizado de identificação de recém-nascidos. 

Conforme o trabalho, o método tradicional de obtenção da impressão, baseado na utilização de tinta e papel, é mais propenso a erros do que o formato digital. Outra conclusão aponta que a impressão da palma da mão é de melhor qualidade para a identificação do que a da planta do pé. 

"Pode-se afirmar que a atual coleta de impressões plantares do recém-nascido, feita nas salas de parto de todos os hospitais brasileiros, não serve para sua identificação", afirma Daniel. "A coleta é feita apenas para cumprir a legislação." 

A lei federal 8.069, em vigor desde 1990, estabelece em seu artigo 10º a identificação plantar e digital dos recém-nascidos. 


Seqüestro e adoção ilegal 

A pesquisa observa que situações como o seqüestro ou a troca de bebês em maternidades, ou ainda a adoção ilegal provocada por mães que dão entrada na maternidade com documentos falsos, estão ligadas à dificuldade de se identificar adequadamente um recém-nascido. 

"Daí a importância de se criar um método biométrico apropriado tanto para o controle interno da circulação dos recém-nascidos, quanto para realizar a identificação após a alta ou retirada destes da maternidade", diz trecho da pesquisa. 

Os pesquisadores da UFPR desenvolveram um sensor ótico formado por uma máquina fotográfica digital de oito megapixels, com uma lente supermacro capaz de fotografar objetos a três centímetros da lente, acoplada a um prisma de vidro óptico através de uma estrutura de acrílico. 

O armazenamento digital garante a manutenção da qualidade das impressões com o passar do tempo, e facilita o acesso à informação e a criação de bancos digitais. 

As orientadoras do trabalho foram as professoras Mônica Nunes Lima Cat, na área de Pediatria, e Olga Regina Pereira Bellon, na área de Informática, ambas da UFPR. 


Sobre o prêmio 

Criado em 2002, o prêmio "Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS 2008" busca valorizar as pesquisas que contribuem para o desenvolvimento das políticas públicas de saúde no país. É composto pelas seguintes categorias: tese de doutorado, dissertação de mestrado, monografia de especialização e trabalho publicado. 

Realizado em parceria com a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, neste ano, o prêmio teve mais uma categoria instituída em comemoração aos 20 anos do SUS: experiências bem-sucedidas de incorporação de conhecimentos científicos ao Sistema Único de Saúde. 

O prêmio teve 432 inscritos e 30 trabalhos finalistas em cinco categorias. Em cada categoria foi premiado um trabalho e outros cinco receberam Menção Honrosa. 




Fernando César Oliveira
Fonte: http://www.ufpr.br/adm/templates/index.php?template=3&Cod=4723

Fwd:Luto - Moysés Paciornik

---------- Forwarded message ---------- From: Ricardo Herbert Jones Date: 2008/12/27 Subject: [gestarbeminterior-sp] Luto - Moysés Paciornik

Morreu aquele que foi para mim um pai.

Se eu estou engajado na luta pela humanização é 

porque encontrei no livro do Dr. Moysés um caminho.

Encruzilhadas do destino e seu livro caía em minhas mãos, 

quando eu estava há 21 anos cursando a minha residência médica.

Obrigado Max, por me apresentar a ele... Eu nunca mais fui o

 mesmo.

Sinto-me ao menos reconfortado de poder tê-lo homenageado 

pessoalmente em vida.

Foi o "maior obstetra do mundo", nas palavras que John Kennell 

disse a mim quando estive com ele em Cleveland.

Dono de uma sabedoria ímpar foi o grande iniciador do parto 

verticalizado no Brasil.

Que as Deusas da Vida o recebam com festa.

A nós restam os ensinamentos... e a saudade.

Ele vai fazer falta. Beijos Ric ----- Original Message ----- From: Fadynha Sent: Saturday, December 27, 2008 11:10 PM Subject: [rehunabrasil] Luto na Humanização do Parto !!! Queridas (os) Amigas (as) Morreu ontem Moysés Paciornik. Segundo notícia de hoje, no "Jornal Nacional", Tv Globo, recebi 

essa

triste informação de que o nosso querido mestre do "Parto de 

Cócoras"

(e de tantos outros ensinamentos) não está mais conosco.

Para quem não sabe, Moysés Paciornik é um nome muito 

conhecido no

mundo todo. Ele pesquisou na década de 70,juntamente com o seu 

filho

Cláudio Paciornik, nosso amigo, numa pesquisa com as índias do sul do

Brasil em que mostrava que o parto de cócoras era o melhor parto.

Mostrou também nesse estudo a diferença entre a pressão vaginal da

mulher índia e da mulher civilizada, esta muito deficiente em

comparação à mulher índia, que fica de cócoras, anda bastante, não

senta em cadeiras, etc. .

Manifesto à comunidade e aos órgãos de C&T

Vimos, através deste manifesto, tornar público nosso repúdio às políticas e aos critérios empregados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT).

A política de ação do CNPq tem sido a de apoiar pesquisadores avaliados como produtivos. A produtividade de um pesquisador é medida principalmente pelo número de publicações científicas que resultaram de seus projetos de pesquisa. No entanto, este indicador depende fortemente das condições de pesquisa existentes no centro onde o pesquisador atua. Não existe igualdade de condições entre os diversos centros de pesquisa do país e o CNPq não desconhece esta realidade.

Grandes centros, existentes em todas as regiões do país, possuem programas de doutorado e mestrado, grupos de pesquisa e cursos de graduação consolidados há dezenas de anos nas áreas de atuação dos pesquisadores. Ou seja, possuem um enorme patrimônio construído ao longo de décadas de trabalho e investimentos, hoje à disposição de todos os seus pesquisadores. Situação similar ocorre em institutos de pesquisa que possuem grupos e linhas de pesquisa consolidados.

Nos pequenos centros, por outro lado, também existentes em todas as regiões do país, os pesquisadores não só não possuem estas condições como ainda têm que dedicar grande parte de seu tempo à criação destas condições. É, portanto, incorreto julgar, por um critério igual, pesquisadores que possuem condições de pesquisa desiguais. Lamentavelmente, é isto o que o CNPq vem fazendo. Esta prática amplifica as desigualdades e é injusta, pois não premia necessariamente os melhores pesquisadores, mas sim os que têm as melhores condições de pesquisa.

A utilização destes critérios na distribuição de recursos realizada por editais do CNPq resulta em pouca chance de projetos de pesquisadores de pequenos centros serem aprovados. É grave que outras agencias financiadoras, como algumas Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs), já venham seguindo o exemplo do CNPq. Devido a isto, os processos dos pesquisadores de pequenos centros de Minas Gerais e do Paraná, por exemplo, também já têm muito pouca chance de serem aprovados, respectivamente, pela Fapemig e Fundação Araucária.

Com esta política de distribuição de recursos para projetos e apoio a pesquisadores, o CNPq prejudica o crescimento dos pequenos centros de pesquisa do país, ameaçando-lhes seriamente a própria sobrevivência.

Com este critério de produtividade, o CNPq prejudica também, indiretamente, as universidades (e demais instituições de ensino e pesquisa), sobretudo as pequenas. As Bolsas de Produtividade em Pesquisa (Bolsas PQ) estimulam os professores a privilegiarem suas atividades de pesquisa em detrimento das demais atividades, também essenciais para o bom funcionamento das mesmas. Desestimulam, igualmente, a migração para as pequenas universidades, uma vez que os pesquisadores que nelas se instalam raramente encontrarão condições similares às das instituições onde se doutoraram ou desenvolveram seus projetos de pesquisa.

Este critério de produtividade e a existência da categoria de Bolsista de Produtividade em Pesquisa, com bolsas concedidas como premiação a poucos, introduziram, no CNPq, um regime oligárquico constituído por uma bem questionável elite — os pesquisadores 1. Como em toda oligarquia, só esta elite (a minoria) tem opinião, voto e representação nos órgãos de consulta e julgamento do CNPq. Assim, é natural que as políticas do CNPq sejam voltadas para o benefício de sua oligarquia e não para o bem comum.

A inconformidade de membros da comunidade acadêmica já foi objeto de manifestação pública, de forma clara e detalhada, em artigos e cartas publicadas em órgãos de divulgação. Estes artigos estão disponíveis em:
(a) http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=54272 (republicado no Jornal da Ciência no. 615, de 22 de fevereiro de 2008)

As cartas, a primeira enviada à Presidência do CNPq e a segunda, a seu Conselho Deliberativo, estão disponíveis em:

O CNPq, porém, tem permanecido alheio às críticas, o que de certa forma é natural, posto que não há canais de comunicação, quer diretos, quer indiretos, entre o CNPq e a comunidade científica nacional. Assim, o CNPq desconhece o que pensa a comunidade científica, suas necessidades, suas propostas. A comunidade científica, por sua vez, também desconhece o que pensa o CNPq. Desconhece a razão de seus critérios, de suas políticas e de seus editais.

Este manifesto, portanto, será enviado a órgãos executivos acima do CNPq (MCT e MEC) e à Presidência da República. Será enviado, igualmente, a alguns políticos voltados para a área de educação.
Considerando o exposto acima, nós, abaixo assinados, solicitamos aos senhores e senhoras, responsáveis pela política de C&T do País, a convocação de uma comissão, composta por professores e pesquisadores de institutos de pesquisa, representantes tanto de grandes centros quanto de pequenos centros, para organizar uma discussão e votação, pela comunidade inteira de C&T, dos seguintes assuntos:
1. Abertura de uma ouvidoria, de forma a se estabelecer um canal de comunicação entre o CNPq e a comunidade científica;
2. Extinção ou manutenção (com reestruturação dos critérios para concessão e progressão de nível) das bolsas de produtividade;
3. Extinção ou manutenção (com reestruturação dos critérios) da classificação de professores e pesquisadores;
4. Alteração dos critérios para concessão de auxílios, de forma a que estes critérios avaliem, tão somente, a qualidade dos projetos;
5. Permissão de candidaturas de quaisquer professores/pesquisadores a qualquer pleito em C&T;
6. Reestruturação das atribuições dos Comitês Assessores, de forma a dar-lhes maior autonomia para definição dos critérios de suas áreas;
7. Aumento do número de consultores ad-hoc, fornecendo-lhes novas orientações;
8. Aumento do apoio a periódicos nacionais, revistas nacionais e congressos nacionais;
9. Aumento do número de bolsas para recém-doutores e para pós-doutorado (sabático) no país e no exterior;
10. Aumento dos auxílios para participação em congressos nacionais e internacionais;
11. Fomento às soluções para problemas nacionais, em todas as áreas do conhecimento, a partir de discussões amplas com a comunidade científica;
Assinam o manifesto: (...)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Cursos de verão sobre Desenvolvimento Ágil de Software no IME/USP


Pelo terceiro ano consecutivo, a AgilCoop (http://www.agilcoop.org.br) oferece cursos de verão sobre métodos ágeis de desenvolvimento de software no IME/USP. Além dos dois cursos já ministrados anteriormente, Introdução a Métodos Ágeis de Desenvolvimento de Software e Laboratório de Programação eXtrema, o Verão 2009 traz o oferecimento de um novo curso, Desenvolvimento de Software de Qualidade através de Testes Automatizados.

Os cursos são voltados tanto para desenvolvedores e gerentes de projetos de software que ainda não conhecem métodos ágeis quanto para profissionais que já conhecem os conceitos fundamentais mas que gostariam de se aprofundar no assunto. Nestes cursos, os membros da AgilCoop transmitirão seus conhecimentos adquiridos em 7 anos de trabalho prático com desenvolvimento ágil de software.

Mais detalhes sobre os cursos podem ser encontrados em http://agilcoop.incubadora.fapesp.br/portal/eventos/verao-agil-2009-no-ime-usp-cursos-da-agilcoop

Para informações sobre datas, preços e inscrição, veja o item "difusão cultural" através do site http://www.ime.usp.br/verao

Participe do Verão Ágil 2009 no IME/USP!

As vagas são limitadas - inscreva-se já: http://www.ime.usp.br/verao/inscr/include/inscricao.tpl.php?secao=inscricao

Telefone (11) 3091-6169, email: verao@ime.usp.br


Cientistas pedem fim de ''oligarquia''

Em manifesto, pesquisadores reclamam de descaso do CNPq com as necessidades das pequenas instituições

Herton Escobar

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Um manifesto assinado por mais de 180 cientistas, alunos e professores de pequenas instituições de ensino e pesquisa do País acusa o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) de funcionar como uma "oligarquia", ignorando as necessidades de pesquisadores fora da "elite" acadêmica das grandes universidades. A carta foi enviada no início do mês a várias lideranças políticas do setor em Brasília, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Estado procurou o CNPq durante mais de uma semana para a reportagem, mas o presidente do conselho, Marco Antônio Zago, não estava disponível para entrevistas.

No manifesto, os autores pedem uma revisão das regras para concessão de bolsas e financiamento de projetos - normas que, segundo eles, não dão chances aos pesquisadores de pequenas instituições. O CNPq, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, é a principal agência de fomento à ciência e à formação de pesquisadores no País.

A principal crítica é em relação ao uso do número de trabalhos publicados como principal (e às vezes único) critério de avaliação de mérito do cientista. "O que o CNPq faz é uma comparação quantitativa dos pesquisadores, com base no número de publicações", diz o matemático e engenheiro de computação Otávio Carpinteiro, da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em Minas Gerais, que ajudou a organizar o manifesto. "Ora, para fazer uma comparação quantitativa é preciso que haja condições iguais. Não dá para comparar um corredor de pista com alguém que corre na areia."

O documento chama a atenção para o fato de que as condições de trabalho não são iguais entre as instituições e que, portanto, os critérios de avaliação deveriam ser diferenciados. As grandes universidades, por exemplo, já possuem grupos de pesquisa bem consolidados, apoiados em programas de mestrado e doutorado com décadas de experiência, o que permite aos pesquisadores desenvolver projetos e publicar trabalhos com mais agilidade.

"Nos pequenos centros (...) os pesquisadores não só não possuem estas condições como ainda têm de dedicar grande parte de seu tempo à criação destas condições", diz o manifesto. "É, portanto, incorreto julgar, por um critério igual, pesquisadores que possuem condições de pesquisa desiguais. Esta prática amplifica as desigualdades e é injusta, pois não premia necessariamente os melhores pesquisadores, mas sim os que têm as melhores condições de pesquisa."

Cria-se um círculo vicioso: o pesquisador de uma pequena instituição tem mais dificuldade para publicar trabalhos, por isso consegue menos recursos, o que dificulta ainda mais a publicação de novos trabalhos e assim por diante. Carpinteiro, que fez pós-graduação na Inglaterra e na Alemanha, conta que passou nos concursos da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Unifei, mas preferiu Itajubá por causa da qualidade de vida e por sentir que seu trabalho era "mais necessário" por lá. "Muitos amigos disseram que eu era louco, mas não me arrependo", conta.

São poucos, porém, os que aceitam esse desafio: segundo Carpinteiro, é difícil atrair professores e recém-doutores para a instituição. "O CNPq está destruindo a sobrevivência desses pequenos centros", diz.

BOLSAS

O manifesto pede também a extinção da Bolsa de Produtividade em Pesquisa, uma categoria que premia os cientistas que publicam mais trabalhos - e que é tida como símbolo de "status" na comunidade. "Este critério de produtividade e a existência da categoria de Bolsista de Produtividade em Pesquisa, com bolsas concedidas como premiação a poucos, introduziram no CNPq um regime oligárquico constituído por uma bem questionável elite", diz o documento. "Como em toda oligarquia, só esta elite (a minoria) tem opinião, voto e representação nos órgãos de consulta e julgamento do CNPq. Assim, é natural que as políticas do CNPq sejam voltadas para o benefício de sua oligarquia e não para o bem comum."

"Sou contra essa bolsa e abriria mão dela numa boa se fosse para melhorar a ciência no País", diz a pesquisadora Eliana Cancello, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, que também ajudou a organizar o manifesto. Segundo ela, os conceitos de produtividade do CNPq ignoram o valor de outras atividades essenciais da academia, como o ensino, a divulgação e até as funções administrativas. Isso fica evidente dentro de um museu (mesmo um museu da USP), onde a curadoria de coleções e a organização de exposições são atividades cruciais, mas que não resultam em publicações. "Fala-se muito no tripé das universidades - ensino, pesquisa e extensão -, mas a única coisa que é valorizada é a publicação", afirma Eliana.

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20081226/not_imp299073,0.php

Cientistas pedem fim de 'oligarquia' no CNPq

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - Um manifesto assinado por mais de 180 cientistas, alunos e professores de pequenas instituições de ensino e pesquisa do País acusa o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) de funcionar como uma ?oligarquia?, ignorando as necessidades de pesquisadores fora da ?elite? acadêmica das grandes universidades. A carta foi enviada no início do mês a várias lideranças políticas do setor em Brasília, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No manifesto, os autores pedem uma revisão das regras para concessão de bolsas e financiamento de projetos - normas que, segundo eles, não dão chances aos pesquisadores de pequenas instituições. O CNPq, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, é a principal agência de fomento à ciência e à formação de pesquisadores no País.

A principal crítica é em relação ao uso do número de trabalhos publicados como principal (e às vezes único) critério de avaliação de mérito do cientista. ?O que o CNPq faz é uma comparação quantitativa dos pesquisadores, com base no número de publicações?, diz o matemático e engenheiro de computação Otávio Carpinteiro, da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em Minas Gerais, que ajudou a organizar o manifesto. ?Ora, para fazer uma comparação quantitativa é preciso que haja condições iguais. Não dá para comparar um corredor de pista com alguém que corre na areia.?

O documento chama a atenção para o fato de que as condições de trabalho não são iguais entre as instituições e que, portanto, os critérios de avaliação deveriam ser diferenciados. As grandes universidades, por exemplo, já possuem grupos de pesquisa bem consolidados, apoiados em programas de mestrado e doutorado com décadas de experiência, o que permite aos pesquisadores desenvolver projetos e publicar trabalhos com mais agilidade.

"Nos pequenos centros (...) os pesquisadores não só não possuem estas condições como ainda têm de dedicar grande parte de seu tempo à criação destas condições", diz o manifesto. "É, portanto, incorreto julgar, por um critério igual, pesquisadores que possuem condições de pesquisa desiguais. Esta prática amplifica as desigualdades e é injusta, pois não premia necessariamente os melhores pesquisadores, mas sim os que têm as melhores condições de pesquisa." Procurado, o presidente do conselho do CNPq, Marco Antônio Zago, não estava disponível para entrevistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: http://www.estadao.com.br/geral/not_ger299178,0.htm

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Cybersegurança e o Domínio Público

---------- Forwarded message ----------
From: Joao Marcos
Date: 2008/12/18
Subject: [Sbc-l] Cybersegurança e o Domínio Público


O colega Ruy de Queiroz, da UFPE, criou e vem alimentando
periodicamente um blog de "utilidade pública" com artigos publicados
nO Globo Online, com um tema bastante interessante:

*Cybersegurança e o Domínio Público*
"À medida que o mundo se torna mais dependente de sistemas digitais e
da internet, a segurança e a confiabilidade desses sistemas complexos
são mais críticas do que nunca. Atender às demandas da sociedade em
relação à infra-estrutura digital requer ao mesmo tempo as tecnologias
corretas e as políticas públicas apropriadas."
http://ciberdominiopublico.blogspot.com/


terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Parteira ajuda o filho de Márcio Garcia (ator da Globo) e Andrea Santa Rosa a nascer em casa

11/12/2008 01:13:00

Nasce o terceiro filho de Márcio Garcia

Regina Rito


Foto: Ag News

Rio - Andrea Santa Rosa, mulher de Marcio Garcia, deu à luz Felipe, ontem, às 6h30. Com 3.950kg e 50cm, o bebê nasceu de parto normal, em casa, pelas mãos da parteira Heloísa Lessa. Emocionado, Marcio assistiu tudo, enquanto os filhos — Pedro, de 4 anos, e Nina, de 3 — dormiam.

"Ele é a cara do Pedro. A Nina também está encantada com o irmão. Pensa que está brincando de boneca e quer trocar a fralda do bebê toda hora", contou Eliana Garcia, mãe do ator. Sobre o parto, Heloísa disse: "Andrea foi guerreira, não é para qualquer uma. É uma experiência muito forte. Não tem nenhuma intervenção, e a mulher é quem escolhe a posição mais confortável".

Fonte: http://odia.terra.com.br/cultura/htm/nasce_o_terceiro_filho_de_marcio_garcia_217954.asp

Campus Curitiba abre concurso para contratar 10 professores

O Campus Curitiba abriu concurso público para contratação de 10 professores. As inscrições podem ser feitas até as 20h do dia 19 de janeiro pelo site da UTFPR. O candidato que não tiver acesso à internet pode efetuar a inscrição nos dias úteis, das 14h às 17h, diretamente no Departamento de Recursos Humanos da UTFPR, em Curitiba.

Será disponibilizada uma vaga para cada profissional com os seguintes requisitos:

- Licenciado em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa e doutorado na área de Língua Portuguesa, ou Lingüística.

- Graduado em Física com doutorado em Ensino de Física ou Ciências, ou em Educação, ou em Educação Científica e Tecnológica, ou Física, ou Ciências.

- Graduado em Engenharia da área Mecânica com doutorado na área de Mecânica dos Sólidos, ou Acústica Estrutural, ou Vibrações Mecânicas.

- Graduado em Física com doutorado em Ciências, ou Física.

- Licenciado em Pedagogia com certificação de proficiência na tradução e interpretação de Libras / Português / Libras (Prolibras) e Mestrado.

- Graduado em Comunicação Social, com habilitação em Relações Públicas e Mestrado na área de Humanas.

- Graduado em Química, ou em Química Industrial, ou em Química Tecnológica, todos com doutorado em Química Orgânica, ou em Química com ênfase em Química Orgânica.

- Graduado em Engenharia da área Civil, ou em Engenharia de Materiais, ou em Engenharia Química, ou Tecnólogo da área de Construção Civil, todos com doutorado em áreas afins.

- Graduado na área de Computação, ou em Engenharia da área Elétrica, todos com doutorado na área de Computação, ou áreas afins.

- Graduado em Matemática com doutorado em Matemática Pura, ou em Matemática Aplicada.

Mais informações no link Concursos Públicos do site da instituição (www.utfpr.edu.br).


Fonte: http://www.utfpr.edu.br/materia.php?id=54&tipo=noticias

EDITAIS:
Curitiba - Edital 103/2008-CPCP-CT
Publicação: 2008-12-12 17:29:46

                Áreas - Química / Química Orgânica
    - Construção Civil / Materiais para Construção Civil
    - Ciência da Computação / Banco de Dados
    - Matemática / Cálculo e Álgebra
  Grau de ensino: Magistério Superior
  Período de Inscrições: 15/12 a 19/01/2009
Veja mais [+]
 
Curitiba - Edital 104/2008-CPCP-CT
Publicação: 2008-12-12 17:23:54

                Áreas - Pedagogia / Educação Especial
    - Comunicação / Relações Públicas
  Grau de ensino: Magistério Superior
  Período de Inscrições: 15/12 a 19/01/2009
Veja mais [+]
 
Curitiba - Edital 105/2008-CPCP-CT
Publicação: 2008-12-12 17:16:34

                Áreas - Mecânica Estrutural / Mecânica dos Sólidos e Vibrações
    - Óptica / Dispositivos Fotônicos
  Grau de ensino: Magistério Superior
  Período de Inscrições: 15/12 a 19/01/2009
Veja mais [+]
 
Curitiba - Edital 106/2008-CPCP-CT
Publicação: 2008-12-12 17:12:30

                Áreas - Letras / Língua Portuguesa e Linguistica
    - Física / Ensino de Física
  Grau de ensino: Magistério Superior
  Período de Inscrições: 15/12 a 19/01/2009
Veja mais [+]

Fonte:http://www.utfpr.edu.br/proplad/index.php?ref=derhuconcursoprofessor&ref_pl=descricao

Portugol IDE

"PORTUGOL é um simulador de linguagem algorítmica desenvolvido para apoio às aulas de Introdução à Programação dos Cursos de Engenharia da Escola Superior de Tecnologia de Tomar do Instituto  Politécnico de Tomar."

Assim como o Visualg, o Portugol IDE permite que se escreva e execute programas em linguagem algorítmica em português.

Uma das vantagens do Portugol IDE sobre o Visualg é uma ferramenta que permite a construção de fluxogramas.

O endereço para mais informações e download é http://orion.ipt.pt/~manso/Portugol/


segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Concurso para professor na UTFPR - Curitiba


O Departamento Acadêmico de Informática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) - Campus Curitiba  abriu concurso público para provimento de uma vaga para Professor Adjunto, Dedicação Exclusiva, na área/subárea de Ciência da Computação/Banco de Dados (Edital 103/2008-CPCP-CT). As inscrições estão abertas a partir de hoje.

Requisitos:   Graduado na área de Computação ou em Engenharia da área Elétrica, todos com doutorado na área de Computação ou áreas afins.
Remuneração bruta inicial: R$ 6.722,85

Para mais  detalhes consultar
http://www.dainf.ct.utfpr.edu.br/wiki/index.php/Edital_103/2008_-_CPCP_-_CT
ou
http://www.utfpr.edu.br/proplad/index.php?ref=derhuconcursoprofessor&ref_pl=interna&id=472

Leiam abaixo mais informações sobre a UTFPR e o DAINF.

SOBRE A UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – UTFPR

A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a primeira Universidade denominada "Tecnológica" no Brasil, surgiu a partir da transformação do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (CEFET-PR) e conta com 99 anos de história. Há três anos com o status de Universidade, a UTFPR oferece atualmente mais de 50 cursos de graduação, diversos cursos de especialização, oito programas de mestrado e dois de doutorado. Por toda a sua história, a Universidade herdou uma longa e expressiva trajetória na educação profissional. Atualmente, a UTFPR tem como foco principal a tríade: ensino, pesquisa e extensão.


DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE INFORMÁTICA  - DAINF

O Departamento Acadêmico de Informática (DAINF) foi criado no então CEFET-PR em 1986 a partir de seu desmembramento do Departamento de Matemática. O DAINF oferece dois cursos: o Curso de Engenharia de Computação, em conjunto com o Departamento de Eletrônica e o curso de Bacharelado em Sistemas de Informação. Contando com um corpo docente de 36 professores qualificados, também oferta cursos de extensão e de especialização em diversas áreas. Alguns de seus professores pertencem ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial, que atua de forma interdepartamental nos níveis de Mestrado e Doutorado. Para os próximos anos está prevista a expansão das atividades do Departamento, com o lançamento de um programa de mestrado na área de Computação.

CURITIBA: UM PÓLO TECNOLÓGICO COM QUALIDADE DE VIDA


"Curitiba foi fundada em 1693, e conta hoje com uma população de um milhão e oitocentos mil habitantes.  A cidade foi a primeira a implantar no Brasil um sistema de transporte coletivo racional e integrado, ou seja, onde o passageiro pode pegar mais de um ônibus usando o mesmo bilhete. Outro destaque de Curitiba é o sistema de coleta de lixo da cidade. Há mais de uma década é praticada a separação do lixo orgânico e inorgânico, com a participação efetiva da população, destacando-a como uma das 3 cidades mais ecológicas  da América do Sul. Curitiba oferece opções diversificadas de lazer, além de uma boa infra-estrutura para seus habitantes. Um de seus diferenciais são os 26 parques e bosques, que somam mais de 80 milhões de m² de área verde preservada. Curitiba é uma cidade toda planejada, cuja qualidade de vida a coloca numa posição de destaque no cenário nacional.

A cidade recentemente foi apontada como a primeira das capitais na educação nacional, e uma das cinco melhores cidades para investir na América Latina, de acordo com pesquisa da revista América Economia. Além disto, segundo recente pesquisa divulgada pelo IBGE, Curitiba possui o quarto maior PIB entre os municípios brasileiros. Com a instalação do segundo maior pólo automotivo do país, a região metropolitana também vem experimentando um alto índice de crescimento populacional e econômico.A experiência bem sucedida da implantação da Cidade Industrial de Curitiba, ocorrida em 1973, representou um marco na evolução do desenvolvimento da cidade e transformou Curitiba em um dos mais expressivos pólos de capacitação de mão-de-obra especializada, além de ser um centro de formação e de pesquisa acadêmica reconhecido nacionalmente.

O projeto de Lei Complementar aprovado na Câmara de Vereadores no início de dezembro de 2007 instituiu o  Programa Curitiba Tecnoparque, o qual pretende atrair novas empresas para a área urbana. Este projeto permite  uma nova visão do desenvolvimento da cidade, no sentido da sociedade do conhecimento, ou seja, uma ampliação da participação de Curitiba na nova dinâmica da economia mundial que se constitui de empresas de alta tecnologia, particularmente na área de Informática.

Com mais este projeto Curitiba, quer pela sua infra-estrutura, quer pela qualidade de vida, mas principalmente  pela excelência de sua mão-de-obra, pretende se transformar em um pólo econômico de alta tecnologia."

Fonte: [Mensagem do Projeto de Lei Complementar no. 02.00008.2007 - Curitiba TecnoParque]

sábado, 13 de dezembro de 2008

O Dilema Degenerativo, por Ruy de Queiroz

O dilema generativo

Ruy J.G.B. de Queiroz 

Professor Associado, Centro de Informática - UFPE


Com todas as oportunidades de relacionamento humano através das telecomunicações, algumas delas (tais como as redes sociais Orkut,MySpace, Facebook) bem à semelhança de um relacionamento direto, a convivência no chamado "ciberespaço" é virtual, mas existe, e aos poucos vai se tornando tão presente quanto a convivência real ou "física". Se há convivência humana, há troca, e pode haver conflito de interesses. Daí, é preciso que se estabeleça marcos balizadores. Por um lado, deseja-se que a internet se preserve "aberta" e "segura". Por outro lado, os problemas de segurança na internet ameaçam o potencial inovador desse novo "espaço virtual", conforme alerta Jonathan Zittrain em "The Future of the Internet": "se a internet tivesse sido desenhada com a segurança como seu foco principal, ela nunca teria atingido o tipo de sucesso como ferramenta revolucionária, mesmo tão lá atrás quanto 1988. O problema da cibersegurança desafia solução fácil, pois qualquer das soluções mais óbvias vai cauterizar a essência da internet e do PC generativo. Esse é o dilema generativo." O recente agravamento da crise financeira que atingiu ícones da tecnologia da informação como Google, Microsoft, Apple, Amazon, acrescenta preocupação, sobretudo no contexto da chamada "economia da vulnerabilidade cibernética", em que vulnerabilidades são tratadas como commodities.

O fato é que à medida que o mundo se torna cada vez mais dependente de sistemas digitais e da internet, a segurança e a confiabilidade desses sistemas complexos são mais críticas do que nunca. Atender às demandas rapidamente crescentes da sociedade em relação à infra-estrutura digital requer ao mesmo tempo as tecnologias corretas e as políticas públicas apropriadas. É grande a dependência dos serviços da internet por parte de governos, negócios, atividades de lazer e entretenimento, serviços públicos, etc. Isso tem levado a uma larga disponibilização pública de dados sensíveis, que, se manipulados inapropriadamente, podem causar sérios prejuízos aos sujeitos associados a tais informações. Um exemplo delicado surgiu num artigo de 23/3/08 do NY Times: pesquisadores do Medical Device Security Center mostraram como umhacker poderia empreender ataques comprometedores à segurança e à privacidade de um paciente que estivesse usando um desfribilador/marca-passo cardíaco controlado por rádio e em conexão à internet para monitoração à distância. 

Em Abril passado, foi realizada em Strasbourg uma conferência internacional sobre cooperação contra o cibercrime. Mais de 210 especialistas de 65 países discutiram tendências tais como o aumento e a crescente sofisticação do software malicioso (malware), roubo de identidade, botnets (redes de zumbis) e ataques de negação de serviço, pornografia infantil, e a implicação das redes sociais e da tecnologia de voz sobre o protocolo da internet. Em destaque a necessidade de se assegurar um equilíbrio apropriado entre a garantia da segurança das tecnologias da informação e comunicação, e o fortalecimento da proteção à privacidade, aos dados pessoais, à liberdade de expressão, e a direitos fundamentais. Se, por um lado a legislação americana já conta com uma lei do abuso e da fraude por computador desde 1984, e uma lei de proteção à propriedade intelectual digital (1998), somente em 2001 o Conselho da Europa aprovou a Convenção sobre Cibercrime. No Brasil, o congresso ainda discute um projeto de lei que começou na Câmara Federal em 1999 com Luiz Piauhylino (PL-84/1999), foi fundido com o projeto de Renan Calheiros (PLS 76/2000) e o de Leomar Quintanilha (PLS 137/2000), tendo Eduardo Azeredo como relator, e hoje se encontra de volta na Câmara Federal.

Fonte: Diário de Pernambuco, 09/12/2008, http://www.diariodepernambuco.com.br/2008/12/09/opiniao.asp


Todos os artigos publicados por Ruy de Queiroz em 2008 em Seções de Opinião de jornais de circulação nacional estão no blog "http://ciberdominiopublico.blogspot.com".

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Ciência é Paixão, por Francisco Antonio Doria

O tema do novo grupo é, ciência é paixão; é também o nome/slogan do grupo. Mas quero fazer uma discussão bem ampla (até porque minhas visões a respeito são bem heterodoxas). Resolvi criar este novo grupo a partir de uma espécie de manifesto que reproduzo abaixo:

- Pesquisa e ensino são indissociáveis porque você só ensina bem aquilo que você faz, aquilo para o que você contribui. Quem abre o livro, lê dali, e explica para o aluno é ator de telecurso, e não professor.

- Qualquer coisa na vida, para ser bem feita, exige talento. Ciência também, obviamente.

- Cientista produz: descobre coisas, inventa, escreve sobre o que pensou, criou. Hoje em dia há pilhas de revistas científicas, e, desde que você escreva alguma coisa minimamente razoável (insisto: minimamente razoável) você arranja algum lugar interessante para publicar suas idéias. O mercado é favorável a quem escreve.

- Formar pessoal, isto é, orientar teses, é uma coisa; fazer pesquisa é outra. Se você trabalha na fronteira, em questões difíceis, é loucura oferecê-las como tema de doutorado ou, pior, mestrado. (Tanto que formação de pessoal é coisa da Capes, e pesquisa, do CNPq).

- Dar aulas, participar de bancas, de comitês, de avaliações, é serviço obrigatório. Todo mundo deve fazê-lo. Não pode contar como trabalho de pesquisa...

- Ciência é paixão.

A coisa parte daí.


Francisco Antonio Doria
Professor Emérito COPPE-UFRJ
http://lattes.cnpq.br/3752438139035667


Para quem quiser participar das discussões, o endereço do grupo é http://groups.google.com/group/ciencia-paixao




quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Especialização (GRATUITA) em Computação Aplicada na UDESC Joinville

A Udesc-Joinville irá oferecer em 2009 o curso de pós-graduação em nível de especialização em Computação Aplicada (ECOA). O período de inscrição será de 19 de fevereiro a 3 de março. As aulas iniciam no dia 30 de março. Os candidatos inscritos serão selecionados através de uma prova escrita, análise do currículo e entrevista. Segundo o coordenador do curso, professor Marcelo da Silva Hounsell, no dia 19 de fevereiro, será realizada uma palestra de apresentação do curso, onde poderão ser tiradas todas as dúvidas dos candidatos.

O curso pretende ser generalista e terá a duração de 10 meses de disciplinas e mais 5 meses para monografia. As aulas serão ministradas das 17 às 21h15 horas, nas segundas, quartas e sextas-feiras. Mais informações no telefone (47) 4009 7831, ou através do site http://www.joinville.udesc.br/portal/pos_pesquisa/pos_graduacao/especializacao/ecoa/

Fonte: http://www.joinville.udesc.br/portal/noticias/index.php?id=2842

Inscrições abertas: Especialização em Tecnologia Java na UTFPR

O Curso é destinado à formação de profissionais em Tecnologia Java, compreendendo JSE (Java Standard Edition), JEE (Java Enterprise Edition) e JME (Java Mobile Edition).

Focado em profissionais de mercado que necessitam de capacitação em Tecnologia Java ou em renovação profissional.

É promovido pelo Departamento Acadêmico de Informática da UTFPR, e coordenado pelos professores Leandro Batista de Almeida e Gustavo Alberto Giménez Lugo.

Clique aqui para baixar o edital do curso.

Inscrições: de 01/12/2008 a 27/02/2009

Sítio do curso: http://www.posjava.dainf.ct.utfpr.edu.br/


terça-feira, 9 de dezembro de 2008

UTFPR no jornal Hoje

08/12/08 - 13h57 - Atualizado em 08/12/08 - 14h00

Alunos estudam satisfeitos nas melhores universidades públicas

O Jornal Hoje já mostrou o estado precário de algumas faculdades públicas, mas outras são elogiadas pelos estudantes. Eles mandaram mensagens no site e nós fomos conferir onde o ensino funciona bem.

Quando a principal bandeira do movimento estudantil é a construção de um restaurante universitário, é sinal de que o ensino vai bem. O estudante Caio Thiesen Pamplona, presidente do Diretório Central dos Estudantes da UTFPR, confirma: "A gente tem uma boa qualidade de ensino, devido aos bons professores e aos bons alunos, porque entrar aqui não é fácil".

Na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, o destaque é a área de Engenharia; boa parte do currículo é voltado para a prática nos laboratórios, o que ajuda os alunos que chegam ao mercado de trabalho.

Hoje, de cada dez alunos que passam pela UTFPR, oito têm emprego garantido quando pegam o diploma. Muitos começam a trabalhar antes de se formar, durante o curso, em estágios remunerados.

O estudante de mecatrônica William Yoshizawa é um deles. "Quando a gente chega na empresa, sente um diferencial. A gente consegue desenvolver o trabalho mais adequadamente", ele diz.

Nos próximos anos, a universidade espera ter o dobro de alunos e quer investir mais em pesquisa e pós-gradução. "O desafio é crescer mantendo essa qualidade", diz o reitor da UFTPR, Carlos Eduardo Cantarelli.

(...)


Fonte: http://g1.globo.com/jornalhoje/0,,MUL915080-16022,00-ALUNOS+ESTUDAM+SATISFEITOS+NAS+MELHORES+UNIVERSIDADES+PUBLICAS.html



segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

PREVENÇÃO: Excesso de tecnologia pode isolar as crianças de outros convívios

Infância e tecnologia: os limites para evitar abuso
O caminho mais indicado é que pais mantenham um diálogo aberto com os filhos para que recursos tecnológicos não prejudiquem as crianças
Publicado em: 03/12/2008 00:00

Diego Antonelli
Fascinado por tecnologia desde os quatro anos, João Manoel Ranthum é uma criança como diversas outras de sua idade. Aos 11 anos, navega na internet, diverte-se com jogos pelo computador ou vídeo-game, bate-papo com amigos e familiares através de programas de conversação on-line. Mas também não deixa de jogar um futebol, de brincar com os amigos ou passear com os familiares. E tudo isso é conciliado graças às orientações dos pais, que sempre mantiveram um diálogo sincero com o filho. O professor de Informática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Rogério Ranthum, sabe bem como lidar com esse 'problema' em casa. Pai de João, ele opta sempre que possível em manter uma conversa aberta com o filho. "Tem muito conteúdo na internet e devemos recomendar os melhores sites de pesquisa para ele. Usar programas de conversação para manter contato com amigos e familiares é permitido. Não proíbo nada, isso é pior. O melhor a se fazer é dialogar com o filho para ele saber os limites para poder usar a tecnologia". Ele conta que esses limites acabam sendo necessários para as crianças se distraírem na frente do computador ou outro aparato tecnológico na medida certa. "Esses dias a gente foi passear em umas cachoeiras. Tem que sair de casa, brincar, jogar bola com os amigos para não ficar alienado e preso ao computador", afirma. E é isso que a psicóloga Maria de Fátima Marian aponta ser o caminho correto. "O uso do computador não atrapalha o convívio com outras pessoas se as crianças não ficarem 'sempre'. É necessário ter o convívio fora do mundo tecnológico. Se a criança já tem dificuldade interpessoal, a tecnologia faz com se isole ainda mais", afirma. De acordo com ela, os pais devem ficar atentos ao tempo que os filhos ficam na frente do computador. "A criança pode viver um 'mundo fechado e isolado'. Os pais devem dialogar, explicar e orientar os filhos. Devem levar eles para passearem, incentivar que eles brinquem e façam outras atividades", ressalta. Evidente que a tecnologia propicia benefícios. "Mas também há malefícios. Se bem usada ela fornece grande número de informações e brincadeiras lúdicas. Mas é recomendável que tenha um horário para as crianças usarem esses aparatos. Caso contrário pode trazer complicações de convívio mais tarde", aponta.  

Ausência dos pais pode ser motivo de complicações


Para a pedagoga Ercília Angeli de Paula, as crianças usam muito a tecnologia para suprir algumas ausências. "Elas têm uma ausência na vida, principalmente dos pais que passam o dia fora trabalhando", afirma. De acordo com ela, se esse uso tecnológico for descontrolado há o risco de atrapalhar o desempenho escolar das crianças. "Se os pais não tiverem um diálogo com os filhos, orientando da forma correta, o desempenho escolar tende a cair, já que as crianças podem deixar de estudar para brincar no computador ou ficar navegando na internet", afirma. Ercília, no entanto, não nega a importância da tecnologia. "Temos que entender a atual crianças com olhos da modernidade. Elas vivem com aparatos tecnológicos e se adaptam facilmente a esse universo recheado de diversas informações. Mas os pais devem levar os filhos para passear e conhecer outros 'universos'", ressalta.  

Aparatos ajudam no aprendizado

Para o gerente de ensino da UTFPR de Ponta Grossa, João Paulo Aires, o mundo tecnológico oferta possui pontos positivos e negativos às crianças. "Depende de como vai ser usado, as famílias devem orientar as crianças. Mas é muito útil e benéfico para as escolas, utilizando esses recursos em prol do ensino, estimulando o aprendizado. Esse é um ponto essencial", afirma. No entanto, ele afirma que há crianças que fazem do computador um 'amigo'. "É necessário um acompanhamento dos filhos para que saiba as medidas e o tempo para ser usado como lazer ou estudo", ressalta Aires. Ele ainda afirma que apesar de muitas vezes, os pais deixam os filhos 'abusarem' do computador devido à insegurança fora de casa. "É um ponto positivo que carrega algo negativo, o possível isolamento. Por isso deve estar associado com outras atividades de lazer. Mas não se pode pensar em não usar a tecnologia na infância, é algo muito importante. O que não se pode é pensar que o computador é o único brinquedo", salienta Aires.

Fonte: http://www.jmnews.com.br/index.php?setor=NOTICIAS&nid=184331

Comentário pessoal: eu não vejo necessidade alguma de computadores na educação.

Não conheço pesquisas que comprovem que o computador é "muito útil e benéfico para as escolas".

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Adolfo Neto
Departamento Acadêmico de Informática
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Fone: (41) 3310-4644 / Fax: (41) 3310-4646
Web: http://www.dainf.ct.utfpr.edu.br/~adolfo
Blog: http://professoradolfo.blogspot.com
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Como fazer uma monografia

Fazer um trabalho acadêmico exige muito de qualquer pesquisador ou estudante. Além de todo esforço em torno do tema do trabalho, é fundamental ainda, adequá-lo às normas de apresentação.

Afinal, de nada vai adiantar você empenhar todos os seus esforços no desenvolvimento do tema se na hora de apresentá-lo ele não estiver dentro dos padrões estabelecidos pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Para auxiliar quem está na fase de formatação da monografia, o Universia produziu um tutorial descrevendo os detalhes das normas técnicas da ABNT.

Fonte: http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=16867

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Cirurgiões e Cientistas da Computação

Médicos cirurgiões (ao menos os bons) não recomendam cirurgias para qualquer um. Eles sabem que cirurgias são um recurso que deve ser usado apenas quando necessário.

Porque acham tão estranho que pessoas como o professor Valdemar Setzer, sendo um professor (aposentado) da área de computação, seja contra o uso de computadores na escola? Ele estudou o assunto e concluiu que computadores não são bons para a educação de crianças e jovens.