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title: "The Origin" - originally published 2/25/2009 |
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
A origem das teses
Escolhas....., por Dr. Marsden Wagner
Em um artigo recente em uma revista científica obstétrica, o Presidente de American Collegge of Obstetricians and Gynecologists incita os médicos a encorajarem as mulheres a escolher uma cesárea e citam o Brasil como um exemplo maravilhoso de honra à escolha das mulheres pela cesárea. Tendo passado um mês lá recentemente, eu vi com meus próprios olhos como o Brasil é um exemplo trágico do que acontece quando os médicos se afastam das indicações médicas para a cirurgia – hospitais com 100% de cesáreas, estados inteiros com 50% de cesáreas e nestas áreas, com essas taxas extremas de cesáreas, a taxa de mulheres morrendo próximo ao parto está, não surpreendentemente, subindo. E estudos mostram que as mulheres no Brasil querem cesárea porque na sua cultura machista temem perder seus homens se elas não têm o que os médicos chamam de uma "vagina de lua-de-mel". É isso que queremos para os Estados Unidos?
Uma mulher surda não pode fazer uma escolha entre Mozart e Beethoven. "Escolha" sem informação completa não é escolha. A questão ética chave não é o direito de escolher ou exigir um procedimento cirúrgico de grande porte para o qual não há indicação médica, mas o direito de receber e discutir informações completas e não tendenciosas, anteriormente a qualquer procedimento médico ou cirúrgico. Isto requer revelação obrigatória de todos os riscos conhecidos de uma cesárea eletiva dada às mulheres na entrada do hospital (não quando ela está no auge do trabalho de parto ou sendo preparada para a cirurgia), assim como dando a elas seus direitos de Miranda*. Isto é muito diferente do que acontece hoje: na entrada do hospital é dada a mulher uma folha de papel para que ela assine, que não é para sua educação ou benefício, mas para proteger o médico e o hospital de ação judicial, essencialmente dando a eles carta branca para fazerem com ela o que quiserem.
A informação dada à mulher para decidir que tipo de parto ela terá, tem que vir de uma fonte neutra e não tendenciosa como Federal Centers for Disease Control (Centros Federais de Controle de Doenças) ou outros cientistas. Qualquer informação provinda de organizações profissionais como o American College of Obstetricians and Gynecologists será inevitavelmente tendenciosa, pois o objetivo número um de qualquer organização profissional é proteger o interesse de seus membros. Como resultado, a informação disponível para os obstetras pode ser tendenciosa, gerada por firmas comerciais interessadas em lucros ou por organizações profissionais interessadas em promover dados mais favoráveis para os médicos sobre procedimentos. O resultado: muitos obstetras mal informados e não qualificados para fornecer informações completas e não tendenciosas para as mulheres.
Eticamente falando, os médicos, assim como as mulheres, têm direitos a respeito do cuidado médico. É bem estabelecido nos EUA que nenhum médico é obrigado a fazer algo contra sua crença religiosa. Pelas mesmas razões, o médico não pode usar "ela quis" como desculpa para fazer o que ele quer fazer de qualquer forma. A primeira obrigação de um clínico é com o bem estar de seu paciente e se uma mulher pede por uma cesárea para qual o médico não consegue encontrar indicação e que, pelo melhor do seu conhecimento, traz riscos para a mulher e seu bebê que compensam qualquer benefício possível, o médico tem o direito, talvez até o dever, de recusar-se a fazer a cesárea. Ninguém está apontando uma arma para a cabeça dele.
É por isso que a organização que conglomera todas as organizações obstétricas de nível nacional (incluindo o American College of Obstetricians and Gynecologists) emitiu uma declaração em 1999: "Devido a evidências fortes de que o benefício em cadeia não existe, realizar uma cesárea não é eticamente justificável".
Dr. Marsden Wagner
Médico Pediatra e Neonatologista, Dinamarca
PS: o Autor do texto é Diretor de Saúde da Criança e da Mulher, da Organização Mundial de Saúde
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
"Anjos da Inovação e o Tempo Real", por Ruy de Queiroz (publicado na Gazeta Mercantil)
25/02 - 19:20
Anjos da Inovação e o Tempo Real
São Paulo, 25 de fevereiro de 2009 - Num momento em que muitos demonstram desânimo e pessimismo até mesmo com a capacidade transformadora da inovação tecnológica, eis que aparece a voz de um anjo: a entrevista de Marc Andreessen a Charlie Rose em 19/02/09 soa como o anúncio de uma nova era, a era da comunicação em tempo real. O entrevistado é ninguém menos que o autor dos primeiros navegadores da internet, desde o Mosaic que deu origem ao Internet Explorer até o Netscape que evoluiu para o Firefox, e hoje um dos mais bem sucedidos empreendedores do Vale do Silício: fundador de duas empresas bilionárias (a Netscape foi adquirida em 1999 pelo grupo AOL por US$4,2 bi, e em 2004 a Opsware foi vendida à Hewlett-Packard por US$1,6 bi), Andreessen declarou-se "investidor anjo" no Twitter, serviço de comunicação em tempo real pela internet. Entre outras declarações de confiança e visão inovadora, típicas do empreendedor do Vale do Silício, Andreessen afirma que a bola da vez é a comunicação móvel: com aparelhos supersofisticados, desenvolvedores de aplicações, conteúdo, e um catalisador fundamental que é o iPhone, tudo aponta para uma grande efusão de soluções inovadoras que ainda está por vir. O paralelo com a internet é imediato: apesar de ter sido inventada nos anos 1970's, somente em 1994/95 com o surgimento dos navegadores a infraestrutura veio de fato servir ao grande boom de inovação experimentado até hoje. E eis que surgem as redes sociais, Facebook, Twitter e a web de tempo real. E isso é apenas o começo. (...) (leia mais)
Divulgação - Especialização em Gestão de Tecnologia da Informação - UTFPR
A Universidade Tecnológica Federal, antigo CEFET-PR, está promovendo o curso de Especialização em Gestão de Tecnologia da Informação.
Apresentação
O curso de especialização em Gestão de TI foi implantado em 2008. Com esta iniciativa, o Dainf acredita oferecer à comunidade um curso em que profissionais de informática, ou outros profissionais que trabalham muito próximos deles, possam aprimorar suas habilidades gerenciais para poderem assumir funções de liderança dentro de suas organizações. O curso destaca a informática como uma poderosa ferramenta para melhorar a proposição de valor das organizações e não apenas como um recurso operacional.
Maiores informações no site: http://posgti.dainf.ct.utfpr.edu.br
Inscrições no site: http://sistema.utfpr.edu.br/pos/inscricoes/inscricao.php
Dúvidas: posgti@dainf.ct.utfpr.edu.br
Obrigado.
Atenciosamente
Christian C. S. Mendes
Professor de Cursos de Pós-Graduação e Extensão - UTFPR
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR (antigo CEFET-PR)
Telefone: 41 3310-4743
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Um pouco de sujeira é bom...
Babies Know: A Little Dirt Is Good for You
Ask mothers why babies are constantly picking things up from the floor or ground and putting them in their mouths, and chances are they'll say that it's instinctive — that that's how babies explore the world. But why the mouth, when sight, hearing, touch and even scent are far better at identifying things?
When my young sons were exploring the streets of Brooklyn, I couldn't help but wonder how good crushed rock or dried dog droppings could taste when delicious mashed potatoes were routinely rejected.
Since all instinctive behaviors have an evolutionary advantage or they would not have been retained for millions of years, chances are that this one too has helped us survive as a species. And, indeed, accumulating evidence strongly suggests that eating dirt is good for you.
In studies of what is called the hygiene hypothesis, researchers are concluding that organisms like the millions of bacteria, viruses and especially worms that enter the body along with "dirt" spur the development of a healthy immune system. Several continuing studies suggest that worms may help to redirect an immune system that has gone awry and resulted in autoimmune disorders, allergies and asthma.
These studies, along with epidemiological observations, seem to explain why immune system disorders like multiple sclerosis, Type 1 diabetes, inflammatory bowel disease, asthma and allergies have risen significantly in the United States and other developed countries.
Training the Immune System
"What a child is doing when he puts things in his mouth is allowing his immune response to explore his environment," Mary Ruebush, a microbiology and immunology instructor, wrote in her new book, "Why Dirt Is Good" (Kaplan). "Not only does this allow for 'practice' of immune responses, which will be necessary for protection, but it also plays a critical role in teaching the immature immune response what is best ignored."
One leading researcher, Dr. Joel V. Weinstock, the director of gastroenterology and hepatology at Tufts Medical Center in Boston, said in an interview that the immune system at birth "is like an unprogrammed computer. It needs instruction."
He said that public health measures like cleaning up contaminated water and food have saved the lives of countless children, but they "also eliminated exposure to many organisms that are probably good for us."
"Children raised in an ultraclean environment," he added, "are not being exposed to organisms that help them develop appropriate immune regulatory circuits."
Studies he has conducted with Dr. David Elliott, a gastroenterologist and immunologist at the University of Iowa, indicate that intestinal worms, which have been all but eliminated in developed countries, are "likely to be the biggest player" in regulating the immune system to respond appropriately, Dr. Elliott said in an interview. He added that bacterial and viral infections seem to influence the immune system in the same way, but not as forcefully.
Most worms are harmless, especially in well-nourished people, Dr. Weinstock said.
"There are very few diseases that people get from worms," he said. "Humans have adapted to the presence of most of them."
Worms for Health
In studies in mice, Dr. Weinstock and Dr. Elliott have used worms to both prevent and reverse autoimmune disease. Dr. Elliott said that in Argentina, researchers found that patients with multiple sclerosis who were infected with the human whipworm had milder cases and fewer flare-ups of their disease over a period of four and a half years. At the University of Wisconsin, Madison, Dr. John Fleming, a neurologist, is testing whether the pig whipworm can temper the effects of multiple sclerosis.
In Gambia, the eradication of worms in some villages led to children's having increased skin reactions to allergens, Dr. Elliott said. And pig whipworms, which reside only briefly in the human intestinal tract, have had "good effects" in treating the inflammatory bowel diseases, Crohn's disease and ulcerative colitis, he said.
How may worms affect the immune system? Dr. Elliott explained that immune regulation is now known to be more complex than scientists thought when the hygiene hypothesis was first introduced by a British epidemiologist, David P. Strachan, in 1989. Dr. Strachan noted an association between large family size and reduced rates of asthma and allergies. Immunologists now recognize a four-point response system of helper T cells: Th 1, Th 2, Th 17 and regulatory T cells. Th 1 inhibits Th 2 and Th 17; Th 2 inhibits Th 1 and Th 17; and regulatory T cells inhibit all three, Dr. Elliott said.
"A lot of inflammatory diseases — multiple sclerosis, Crohn's disease, ulcerative colitis and asthma — are due to the activity of Th 17," he explained. "If you infect mice with worms, Th 17 drops dramatically, and the activity of regulatory T cells is augmented."
In answer to the question, "Are we too clean?" Dr. Elliott said: "Dirtiness comes with a price. But cleanliness comes with a price, too. We're not proposing a return to the germ-filled environment of the 1850s. But if we properly understand how organisms in the environment protect us, maybe we can give a vaccine or mimic their effects with some innocuous stimulus."
Wash in Moderation
Dr. Ruebush, the "Why Dirt Is Good" author, does not suggest a return to filth, either. But she correctly points out that bacteria are everywhere: on us, in us and all around us. Most of these micro-organisms cause no problem, and many, like the ones that normally live in the digestive tract and produce life-sustaining nutrients, are essential to good health.
"The typical human probably harbors some 90 trillion microbes," she wrote. "The very fact that you have so many microbes of so many different kinds is what keeps you healthy most of the time."
Dr. Ruebush deplores the current fetish for the hundreds of antibacterial products that convey a false sense of security and may actually foster the development of antibiotic-resistant, disease-causing bacteria. Plain soap and water are all that are needed to become clean, she noted.
"I certainly recommend washing your hands after using the bathroom, before eating, after changing a diaper, before and after handling food," and whenever they're visibly soiled, she wrote. When no running water is available and cleaning hands is essential, she suggests an alcohol-based hand sanitizer.
Dr. Weinstock goes even further. "Children should be allowed to go barefoot in the dirt, play in the dirt, and not have to wash their hands when they come in to eat," he said. He and Dr. Elliott pointed out that children who grow up on farms and are frequently exposed to worms and other organisms from farm animals are much less likely to develop allergies and autoimmune diseases.
Also helpful, he said, is to "let kids have two dogs and a cat," which will expose them to intestinal worms that can promote a healthy immune system.
This article has been revised to reflect the following correction:
Correction: February 3, 2009An illustration last Tuesday with the Personal Health column, about the positive effect that consuming organisms in dirt has on the immune system, misstated the given name of the illustrator. He is Gary Neill, not Greg.
Fonte: http://www.nytimes.com/2009/01/27/health/27brod.html?_r=2&ref=views
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
"Prontuários cibernéticos e o dilema entre privacidade e saúde", pro Ruy de Queiroz
From: Ruy de Queiroz
Date: 2009/2/23
Subject: [Sbc-l] Artigo no Blog de Jamildo (JC, Recife): "Prontuários cibernéticos e o dilema entre privacidade e saúde"
To: sbc-l@sbc.org.br
Ruy
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OPINIÃO / ARTIGO
Prontuários cibernéticos e o dilema entre privacidade e saúde
POSTADO ÀS 10:29 EM 23 DE FEVEREIRO DE 2009
Por Ruy J.G.B. de Queiroz
No pacote de estímulo à economia americana estão previstos US$20 bilhões para acelerar o uso de registros médicos computadorizados. Em seu discurso sobe o pacote, o Presidente Obama explicou por que esses recursos faziam parte do pacote de estímulo econômico: trata-se de um investimento gerador de empregos tanto no presente quanto no futuro, e que deverá melhorar a qualidade da assistência médica e salvar vidas. As provisões no pacote para a tecnologia da informação sobre saúde se constituem num passo à frente em direção ao objetivo de adoção de registros médicos eletrônicos quase universais pelos próximos 10 anos (comparados com os 17% de hoje). Ao assinar o American Recovery and Reinvestment Act (ARRA) em 17/02/09, o Presidente Obama garante financiamento e incentivos para acelerar a adoção de tecnologias clínicas e negócios eletrônicos interoperáveis na área de assistência médica, ao mesmo tempo em que fortalece as salvaguardas de privacidade para as informações de saúde de pacientes. O trecho do ARRA que trata desse tópico é o "Health Information Technology for Economic and Clinical Health Act", ou "HITECH Act." Entre os principais objetivos está vencer uma das principais barreiras à universalização, que é certamente a portabilidade.
Se a portabilidade de dados e o estabelecimento de padrões para uma internet verdadeiramente aberta têm se constituído numa grande promessa de estímulo à inovação em redes sociais, não é difícil imaginar o que uma paisagem de dados segura, baseada em padrões internacionais, e apoiada em medidas de segurança certificadas significaria para a área de assistência médica. Se os grandes personagens no mundo das redes sociais fazem de tudo para guardar a sete chaves as informações de seus membros, e resistem à portabilidade de dados, imagine como seria essa resistência na multi-trilionária indústria médica. (...) (leia mais)
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Boletim Despertar do Parto: Fevereiro e Março 2009 - Ribeirão Preto-SP
From: Despertar do Parto
Date: 2009/2/19
Subject: Boletim Despertar do Parto> Fevereiro e Março 2009
Workshop em Ribeirão Preto para gestantes e seus pares, visando a preparação para o parto e pós-parto, com enfoque no parto ativo e consciente.
O curso é prático e vivencial e aborda temas como:
* Os "tipos de parto" e o parto possível
* Dicas de como evitar uma cesariana desnecessária
* As vantagens e desvantagens dos procedimentos médico-hospitalares como anestesia, fórceps, episiotomia
* A participação ativa do pai ou acompanhante no processo
* Elaborando O Plano de Parto - dicas práticas
* A chegada do bebê, rotinas, pós-parto e amamentação
Exibição de vídeos e vivências
Dias 14, 21 e 28 de MARÇO E 04 DE ABRIL/2009 (sábados das 09:00h às 12:30h)
Inscrições e maiores informações: http://www.despertardoparto.com.br/Default.aspx?tabid=80
No telefone: (16) 3878-0886 ou pelo e-mail: despertardoparto@yahoo.com.br
Encontro da Boa Hora
A inscrição é gratuita.
Para participar é necessário confirmar presença pelo telefone 3878-0886 em horário comercial ou através do e-mail despertardoparto@yahoo.com.br
Roda de Mães e Bebês*
Próximas Datas: 04 e 18 de MARÇO de 2009
DIA 04 DE MARÇO ENCONTRO ESPECIAL DE SHANTALA!!!
Encontros abertos para as mães com seus bebês até 24 meses para conversar sobre temas relacionados à maternidade e as transformações na vida afetiva, profissional, pessoal da mulher-mãe. E também desenvolver atividades ludicas com os bebês com o objetivo de fortalecer uma convivência saudável entre mães e filhos, através da prática da shantala, slingadas, musicas, danças, contos de fada, brincadeiras de bola...
Quinzenalmente as quartas-feiras das 18:30h ás 20h
Coordenação: Helena Junqueira
Investimento: R$ 15,00 por encontro
* É necessário confirmar presença por e-mail ou telefone 3011-0125 OU 9122-7278
O Computador a Papel
O COMPUTADOR A PAPEL – UMA ATIVIDADE PEDAGÓGICA PARA A INTRODUÇÃO DE CONCEITOS BÁSICOS DE COMPUTADORES
Valdemar W.Setzer
Dept. de Ciência da Computação, Universidade de São Paulo, Brasil
www.ime.usp.br/~vwsetzer
Esta é uma tradução do original em inglês, disponível no site acima – versão 1.0 de 4/12/05
1. Introdução
Uma das metas básicas da educação é prover uma compreensão do geral mundo, em particular das máquinas. Sem essa compreensão, não é possível colocá-las em seu contexto adequado, usando-as somente quando trazem benefícios e não prejuízos para a humanidade e para o meio ambiente. Além disso, uma falta de compreensão dos princípios básicos que regulam o funcionamento das máquinas produz o que costumo chamar de "uma paralisia mental": a falta de curiosidade e de investigação que são tão típicas dos seres humanos (que estão em constante busca de conhecimento consciente e compreensão). Essa falta diminui nossa condição humana. Quantas pessoas conhecem o princípio dos motores a combustão, da sustentação dos aviões ao voarem, etc.? As máquinas tornaram-se tão complexas e seu interior tão escondido dos olhos e do tato – principalmente quando estão dentro de circuitos eletrônicos integrados – que as pessoas desacostumaram-se de perguntar a questão fundamental: "Como funciona esta máquina?"
Continua em http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/comp-papel.html
Differential Equations - MIT Video Course
Date: Fri, Feb 20, 2009 at 8:56 AM
Subject: Differential Equations - MIT Video Course
To: professores@ime.usp.br, posgraduandos@ime.usp.br
I've just found this material at YouTube and I think it may interest many of us,
specially undergraduate students, but I don't have their mail. I think it would
be nice if any of you could forward this message to them.
Best regards,
Rodrigo
MIT Differential Equations, Spring 2006 (The whole course is available!)
http://www.youtube.com/watch?v=XDhJ8lVGbl8
Revista SBC Horizontes
Conteúdo
- Capa
Capa da SBC Horizontes. Índice de artigos. Editorial. Como se associar à SBC. - Chamada
Chamada de contribuições para a SBC Horizontes. Como participar da SBC Horizontes. O que você precisa saber sobre a SBC Horizontes. - Prefácio
Prefácio da Primeira Edição. Com a palavra, o presidente da Sociedade Brasileira de Computação. - Primeira Edição
Primeira Edição da SBC Horizontes. Bem-vindos à primeira e histórica edição da SBC Horizontes. - Corpo Editorial
Corpo Editorial e Editores-Associados. Conheça os profissionais e estudantes que compõem o corpo editorial e o conjunto de editores-associados da SBC Horizontes - [BETWEEN] -1
Benefícios da Experiência Científica na Graduação.
Por Raquel Lara dos Santos, Universidade Federal de Minas Gerais.
Este documento relata a experiência de uma aluna de graduação que participou de uma competição do simpósio de IHC (Interação Humano-Computador). Qual a importância de uma participação de simpósio para alunos de graduação? Como os professores e a instituição podem ser colaboradores do crescimento profissional do aluno? - [BETWEEN] -2
Inglês e a atuação em computação.
Por Roberto Pinho, ICMC - Universidade de São Paulo..
Para os alunos de computação, comunicar-se em inglês é fundamental, com benefícios para a atuação no mercado, na academia e no desenvolvimento pessoal. - [BITS, BYTES& BATOM]
Mulheres em Computação.
Por Claudia Bauzer Medeiros, Instituto de Computação, UNICAMP.
Este é o primeiro de uma série de artigos sobre um novo problema enfrentado por empresas: a falta de mulheres interessadas em seguir carreira na Computação. Por que as empresas consideram isto um problema? Por que universidades importantíssimas nos EUA, Canadá e vários países europeus estão tentando atrair mais alunas em seus cursos? - [E AGORA, JOSÉ?]
Do Brasil para o Vale do Silício e a volta ao Brasil.
Por Graziela Flores Kunde, IBM do Brasil.
Neste artigo relato como foi a oportunidade de trabalhar no Vale do Silício, após o mestrado, assim como a minha volta ao Brasil e a minha atual ocupação na IBM como funcionária remota. - [EM DESTAQUE]
Destaques da OBI, CTIC e CTD 2008.
Por Ellen Francine Barbosa, ICMC/USP.
Marcelo Augusto Santos Turine, DCT/UFMS.
A coluna Em Destaque tem como objetivo apresentar os estudantes que se destacaram tanto em eventos promovidos pela SBC como em simpósios e workshops internacionais. Trata-se de um reconhecimento acadêmico ao esforço, seriedade e dedicação despendidos pelos alunos na realização de seus trabalhos de pesquisa, além de ser um elemento motivador aos ingressantes na carreira acadêmica. Em nossa primeira edição da Revista Eletrônica SBC Horizontes, apresentamos alguns dos destaques dos eventos: Olimpíada Brasileira de Informática (OBI 2008) para alunos de ensino médio e fundamental, Concurso de Trabalhos de Iniciação Científica (CTIC 2008) para alunos de graduação, e Concurso de Teses e Dissertações (CTD 2008) para alunos de mestrado e doutorado. Nossos parabéns a todos pelo ótimo trabalho realizado! - [EM DEBATE]
Apresentando a coluna Em Debate.
Por Guilherme H. Travassos, COPPE/UFRJ.
Raimundo Macêdo, UFBA.
Este artigo apresenta a coluna Em Debate, que tem como objetivo apresentar discussões construtivas em temas de interesse da comunidade da SBC. - [EM SOCIEDADE]
Ética e Computação.
Por Paulo Cesar Masiero, USP São Carlos.
Roberto S. Bigonha, UFMG.
Desde quando foi inventado, até o final da década de 80, o computador era usado em poucos nichos de aplicações militares, acadêmicas e comerciais. Hoje, os computadores são um produto de consumo em massa. Questões sobre ética na utilização de computadores surgem conforme novas tecnologias são disponibilizadas ao público em geral. Neste contexto, este artigo apresenta a coluna Ética e Participação Social da SBC Horizontes e introduz alguns dos tópicos que serão abordados nas próximas edições. - [INDÚSTRIA]
Dicas para sobreviver no mundo globalizado.
Por Wilson J. F. de Santana, IBM do Brasil.
Qual o profissional que, recém-formado, não sonha ter viagens ao redor do mundo como obrigação profissional? Apesar de ser um sonho comum, sua realização pode se tornar um pesadelo se as expectativas e habilidades do profissional não estiverem muito bem definidas. Nesse artigo o autor mostra, através de exemplos tragicômicos de sua vida profissional, que habilidades não aprendidas na academia podem ser muito úteis no dia-a-dia de um profissional globalizado. - [HOW TO]
Como preparar seu CV Lattes.
Por Caetano Traina, ICMC-USP São Carlos
Agma Juci Machado Traina, ICMC-USP São Carlos
O CV Lattes é um banco de informações curriculares mantido pelo CNPq, que se tornou uma referência nacional para os profissionais de nível superior no Brasil. Esse banco continua crescendo em volume e importância, por sua utilização tanto no julgamento de solicitações apresentadas a agências de fomento - objetivo original de sua criação - quanto para a busca de estagiários e funcionários nas empresas, alunos e bolsistas nas universidades, além de muitas outras atividades em que os currículos são parte do mecanismo de escolha. Portanto, manter seu Currículo Lattes com as informações completas e corretas é mais do que uma opção, é um diferencial para todo profissional de nível superior no Brasil, seja para quem pretende ingressar no mercado de trabalho empresarial, para quem pretende seguir a carreira acadêmica, ou para quem já está na estrada, não importa há quanto tempo. Mostramos aqui como encarar a tarefa de criar e manter seu CV Lattes atualizado, fazendo com que sua experiência profissional seja representada apropriadamente nesse banco, utilizando a os recursos e especificidades desta ferramenta, para que ela reflita corretamente seu perfil profissional. - [LÁ DE FORA]
Fazendo Doutorado nos Estados Unidos .
Por Leila Naslavsky, Universidade da Califórnia, Irvine.
Roberto Silveira Silva Filho, Universidade da Califórnia, Irvine
Estudar no exterior é uma oportunidade única que permite ampliar os horizontes e obter novas perspectivas em relação à pesquisa e à indústria, além de ser uma experiência de vida importante. Este artigo descreve as experiências dos autores e apresenta dicas pra quem planeja fazer doutorado no exterior, mais especificamente nos Estados Unidos. - [O2] - 1
Qual o Papel de um DBA?.
Por Carina Friedrich Dorneles, Universidade de Passo Fundo (UPF)
Ronaldo dos Santos Mello, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O salário é atrativo, o assunto é fascinante, as ferramentas disponíveis são inúmeras, mas... a responsabilidade é altíssima! Neste artigo, procuramos responder à pergunta "Qual o papel de um DBA?" (Database Administrator, ou Administrador de Banco de Dados). Para isso, são apresentadas as atividades mais comuns exercidas por um DBA, suas responsabilidades e habilidades. Mostramos também as implicações de se tornar um profissional na área, apresentando alguns efeitos de uma má administração. Por fim, listamos algumas áreas interessantes de atuação e apontamos algumas dicas de como se tornar um DBA. - [O2] - 2
Cursos Técnicos, Seqüenciais e Tecnológicos.
Por Marcelo Duduchi, FATEC SP (CEETEPS).
Existem várias opções de cursos profissionalizantes. Geralmente, existe uma confusão entre as três principais modalidades de cursos existentes no país: Técnicos, Seqüenciais e Tecnológicos. Este artigo discute algumas das diferenças básicas entre essas modalidades e apresenta links para documentos oficiais que definem esses cursos. - [ETC & TAL]
Armazenando Dados em Aplicações Java - Parte 1 de 3.
Por Hua Lin Chang Costa, COPPE/UFRJ.
Leonardo Gresta Paulino Murta, IC/UFF.
Vanessa Braganholo, DCC/UFRJ.
Quais são os problemas e as opções disponíveis para armazenamento de dados em aplicações Java de verdade? Este artigo é o primeiro de uma trilogia, e responde à parte "quais são os problemas" dessa pergunta. - [EVENTOS]
Eventos promovidos e apoiados pela SBC.
ER 2009 - Conf. Intl. sobre Modelagem Conceitual
Escola Regional de Banco de Dados
Escola Regional de Informática - Regional Norte
Escola Regional de Alto Desempenho
Concurso de Trabalhos de Iniciação Científica
Revista Eletrônica de Iniciação Científica
Congresso da Sociedade Brasileira de Computação - FIM
Contra-Capa da SBC Horizontes.
Versão completa em PDF
Trecho da Taxonomia da ACM para a Computação
- Logics and Meanings of Programs
- General
- Specifying and Verifying and Reasoning about Programs
- Assertions
- Invariants
- Logics of programs
- Mechanical verification
- Pre- and post-conditions
- Specification techniques
- Semantics of Programming Languages
- Algebraic approaches to semantics
- Denotational semantics
- Operational semantics
- Partial evaluation
- Process models
- Program analysis
- Studies of Program Constructs
- Control primitives
- Functional constructs
- Object-oriented constructs
- Program and recursion schemes
- Type structure
- Miscellaneous
- Mathematical Logic and Formal Languages
- General
- Mathematical Logic
- Computability theory
- Computational logic
- Lambda calculus and related systems
- Logic and constraint programming
- Mechanical theorem proving
- Modal logic
- Model theory
- Proof theory
- Recursive function theory
- Set theory
- Temporal logic
- Grammars and Other Rewriting Systems
- Decision problems
- Grammar types
- Parallel rewriting systems
- Parsing
- Thue systems
- Formal Languages
- Algebraic language theory
- Classes defined by grammars or automata
- Classes defined by resource-bounded automata
- Decision problems
- Operations on languages
- Miscellaneous
Fonte: http://www.computer.org/portal/site/ieeecs/menuitem.c5efb9b8ade9096b8a9ca0108bcd45f3/index.jsp?&pName=ieeecs_level1&path=ieeecs/publications/author&file=ACMtaxonomy.xml&xsl=generic.xsl&;jsessionid=JVnZTZRWqL3hFXMMGZYnXWGzhq033J9N82SpL5MCnJW4597Ty6tC!-551649330
Introdução aos Sistemas Inteligentes, por Adolfo Bauchspiess
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Text 2 Mind Map
Essa é para os estrategistas e planejadores de plantão! Conheçam o Text 2 Mind Map, uma ferramente muito boa, muito boa mesmo e fácil de usar para criar mapas conceituais.
Basta você informar em formato de texto e listas as ações e gerar o mapa. Você pode editar linhas, cores, etc. Por fim, baixe o mapa em formato de imagem. Nota 10!
Acessem: http://www.text2mindmap.com/
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Uma questão bastante controversa...
Linha dura com os doutores
TCU tenta reaver R$ 71 milhões de pesquisadores que foram para o Exterior com bolsa do governo
Carina Rabelo
DÍVIDA Lucio Soibelman ficou nos EUA, onde tinha melhores oportunidades de trabalho, e hoje deve R$ 1,1 milhão |
A concessão de uma bolsa de estudos no Exterior é um prêmio ou um investimento? Quando se trata de verba pública, é um contrato de prestação de serviços entre o Estado - que garante bolsa integral e auxílio financeiro - e o pesquisador. Este deve concluir a pós-graduação e retornar ao País para contribuir com o desenvolvimento do Brasil durante o mesmo prazo de duração da bolsa. As exigências estão no Termo de Compromisso assinado pelo bolsista. Mas, mesmo cientes da obrigação, alguns pesquisadores descumprem o contrato por entenderem que receberam o benefício por mérito próprio e, portanto, teriam autonomia. Outros, concluem os estudos e decidem morar no Exterior em busca de melhores oportunidades na carreira. Em ambos os casos, o Brasil está fora dos planos. Por isso, o Tribunal de Contas da União está cobrando o que é devido ao Erário.
"O pesquisador também deve prestar contas à sociedade" Ubiratan Aguiar presidente do TCU
Levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU) revela que, entre os anos de 2002 e 2008, houve 272 processos contra bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) - equivalente a 8% do total de bolsas oferecidas no período (3.500). Os pesquisadores devem aos cofres públicos mais de R$ 71 milhões. A lista dos irregulares é ainda maior, pois os processos que chegam à CGU são aqueles nos quais se esgotaram as tentativas de acordo.
O Tribunal de Contas da União (TCU) contabiliza 395 processos contra bolsistas do CNPq. Destes, 318 foram concluídos e encaminhados à Advocacia-Geral da União, que executa a dívida de 91 condenações. Alguns bolsistas argumentam que não há estrutura no País para dar continuidade às pesquisas iniciadas no Exterior, alegação rebatida por Luiz Navarro, da CGU. "Se tivéssemos as condições necessárias, não precisaríamos mandar um pesquisador para fora", diz ele. "A proposta é que ele ajude a criar esta estrutura no País."
Lucio Soibelman, Ph.D. em sistemas de engenharia civil pela Universidade Cambridge de Boston, nos EUA, lidera a lista de bolsistas devedores em 2008 com débito de R$ 1,1 milhão. Em 1993, ele recebeu a bolsa do CNPq com o compromisso de voltar ao Brasil em 1998, mas decidiu morar fora. "Se voltasse naquela época, teria que esperar algum professor doutor morrer para assumir o cargo na universidade", diz Lucio, hoje professor na Carnegie Mellon University. "Havia um grande descompasso entre as oportunidades oferecidas no Exterior e no Brasil." É comum esta elite acadêmica justificar as irregularidades com problemas pessoais ou interesses individuais, mas isso não muda o fato de eles estarem descumprindo um contrato. "O pesquisador também deve prestar contas à sociedade", afirma o ministro Ubiratan Aguiar, presidente do TCU. Os bolsistas são condenados em 100% dos casos que chegam ao Tribunal.
Fonte: http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2049/artigo125979-1.htm
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Foco competitivo
fev 10, 2009
"O Brasil precisa de uma estratégia mais agressiva de promoção de suas capacidades em desenvolvimento de software no mercado internacional". Essa é a opinião de Felipe Matos, sócio-diretor do Instituto Inovação. Para ele, o país deve aproveitar os segmentos em que é competitivo, como o financeiro, de jogos e de aplicações móveis para crescer cada vez mais no mercado de Tecnologia da Informação (TI).
Nesta entrevista, Matos fala ainda que as incubadoras exercem importante papel para as empresas em fase inicial, no que se diz respeito à sua sobrevivência. Segundo o executivo, a chance de continuidade do negócio é duas vezes maior quando empreendimentos nascem a partir de companhias de base tecnológica.
Um estudo da Business Software Alliance (BSA) mostra que o país continua na 43ª posição no ranking das 66 nações que oferecem os melhores ambientes de suporte às empresas de Tecnologia da Informação (TI). Por que o Brasil não avançou nesse cenário?
Não se trata de não avançarmos. Estamos avançando, porém, nossos competidores internacionais não ficam parados. Eles progridem no mesmo ritmo, mantendo o distanciamento entre nós. Trata-se da síndrome da rainha vermelha. No filme Alice no País das Maravilhas, a rainha diz: "aqui neste país, Alice, você precisa correr o máximo que puder para permanecer no lugar". É a situação em que nos encontramos. Se quisermos diminuir as diferenças em relação às nações desenvolvidas precisamos aumentar o uso da Tecnologia da Informação (TI) em um ritmo ainda mais acelerado que nossos vizinhos. A boa notícia é que existe um grande espaço para o aumento do nível de informatização e da adoção de tecnologias no Brasil, especialmente no segmento das micro e pequenas empresas.
Estimativas da Sociedade Brasileira para Promoção da Exportação de Software (Softex) apontam que o país exporta US$ 800 milhões em software. Qual deve ser a estratégia adotada pelo governo e pelas empresas para que esse número aumente?
As dimensões continentais do Brasil são uma oportunidade, mas também um desafio para os empreendedores. Muitas vezes, esquecemos que existe um mercado enorme lá fora. Não existe fórmula do sucesso. Entretanto, se olharmos para experiências bem-sucedidas da Coréia e, mais recentemente, da Índia, percebemos alguns componentes importantes. Investimento em ciência e na qualificação dos recursos humanos, incentivos fiscais e de fomento às empresas exportadoras e propaganda do país lá fora. A Índia foi – e vem sendo – extremamente agressiva no offshore de baixo custo mundial. O Brasil precisa de uma estratégia mais agressiva de promoção de suas capacidades em desenvolvimento de software internacionalmente, aproveitando os segmentos em que é competitivo, como financeiro, jogos e aplicações para celulares.
Qual é o fator chave para o desenvolvimento do segmento de tecnologia no Brasil?
Países que conseguiram pavimentar bem a ponte entre universidades e empresas tiveram e ainda têm obtido resultados positivos. Basta ver o exemplo de companhias como Google, Yahoo! e Microsoft, que surgiram a partir de projetos de pesquisa em universidades americanas. Elas ajudaram a criar uma indústria próspera no Vale do Silício. É claro que a realidade brasileira é diferente. Precisamos aproximar mais essas duas realidades. O governo tem feito um bom trabalho nos últimos dez anos, aumentando de forma expressiva os recursos de fomento a pesquisas aplicadas, capazes de gerar inovação. Em paralelo, foram criadas a Lei de Inovação e a Lei do Bem, que dão incentivos para que empresas invistam mais em pesquisa. A indústria do capital de risco também vem crescendo, com o surgimento recente de diversos fundos que investem em empresas nascentes, oriundas de centros de pesquisa, como o Fundo Criatec. Está ainda em voga – e precisamos praticar – o conceito de open innovation, que prega que as companhias devem abrir suas portas para internalizar inovações desenvolvidas externamente, fazendo parcerias com universidades e outras empresas.
Qual a sua opinião sobre as incubadoras de empresas brasileiras? Elas estão conseguindo transferir tecnologia?
As incubadoras possuem um papel importante, de aumentar as chances de sobrevivência das empresas nos primeiros estágios. Elas já estão demonstrando que a taxa de sobrevivência dos negócios em incubadoras é duas vezes maior que a daquelas criadas fora desse ambiente. Entretanto, esse modelo deve ser aprimorado. Isso porque, há incubadoras que acabam atuando como meras fornecedoras de espaço físico aos empreendedores, perdendo a sua essência, que é apoiá-los, por meio de aconselhamento na gestão e entendimento do negócio. Existe um desafio que é tornar estas instituições autosustentáveis, exigindo a criação de modelos de negócios diferenciados, como a participação no resultado futuro das companhias incubadas.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Publicar mais, ou melhor? O tamanduá olímpico - Luiz Oswaldo Carneiro Rodrigues
http://www.observatoriodauniversidade.blog.br/page3.aspx
Publicado originalmente na:
Revista Brasileira de Ciências do Esporte 29 (1): 35-48, 2007.
Luiz Oswaldo Carneiro Rodrigues
Professor Titular de Fisiologia do Exercício da Universidade Federal de Minas Gerais
Resumo
O presente texto discute alguns dos critérios que os órgãos financiadores da pesquisa utilizam para escolher os projetos contemplados nas Ciências do Esporte, embora esta questão possa ser importante também para os cientistas brasileiros de outros campos do conhecimento. Observa-se que as transformações realizadas nos últimos anos nos sistemas de fomento e classificação dos programas de pós-graduação resultaram no aumento da produtividade científica brasileira medida pelas publicações indexadas no contexto internacional. No entanto, a pressão institucional quantitativa pela publicação pode estar induzindo a distorções de comportamento entre os cientistas, o que compromete o próprio sentido do fazer científico e o futuro da ciência no Brasil. Uma comparação entre o tamanduá e a ciência produzida pelos brasileiros pode ser útil no entendimento de algumas propostas de ação para a comunidade científica ligada às Ciências do Esporte.
(...)
Há qualidade na quantidade?
Independentemente da língua utilizada na publicação, no sistema de pontuação e classificação dos órgãos de fomento podem ocorrer distorções que causam injustiças e resultam em desânimo quando um cientista desconfia que foi desmerecido no processo. Para exemplificar, vamos observar dois casos reais.
O primeiro, vamos denominá-lo de Doutor A, recentemente classificado como pesquisador do CNPq no primeiro nível (I), com direito à bolsa e também ao chamado auxílio de bancada, ou seja, um recurso mensal para gastar em pesquisas, durante três anos. Observando-se sua produção científica extraída do banco de currículos da Plataforma Lattes[xi] no dia 22 de Dezembro de 2006, verifica-se que o Doutor A publicou 54 artigos de 2004 até aquela data, ou seja, um artigo e meio por mês, o que significa que ele deve ter concluído uma pesquisa e meia por mês para dispor de dados originais e resultados suficientemente relevantes para merecerem a atenção da comunidade, ou seja, serem publicados. Ou então, teria concebido uma nova teoria a partir de dados antigos, o que o tornaria um caso raro de cientista que cria novos conceitos importantes quase duas vezes por mês ao longo de três anos. Desta produção, no entanto, 31 artigos foram publicados numa revista na qual o Doutor A é o próprio editor! Entre os demais artigos de sua exuberante lista, aqueles melhores qualificados para disputar um lugar ao Sol na comunidade internacional foram apenas dois os publicados numa revista espanhola: no entanto, mesmo este periódico possui tão pouco impacto (não é em inglês...) que nem mesmo é considerado relevante pela coordenação dos programas de pós-graduação brasileiros[xii]. Não é preciso mais comentários para se perceber que o Doutor A optou por publicar cada vez mais ao invés de cada vez melhor. No atual sistema de pontuação, apenas com os artigos publicados na sua própria revista ele conseguiu 31 pontos, desbancando qualquer outro pesquisador que tivesse, digamos, no mesmo período publicado um artigo por ano na melhor revista internacional, que faria 3 x 8 = 24 pontos apenas, o que poderia significar para este último ficar de fora da lista dos contemplados com os recursos para sua pesquisa.
No segundo exemplo, também real e emblemático, o excepcional número de publicações desta vez acontece em inglês. O Doutor B, também da área da saúde, apenas dois anos após a conclusão do seu doutorado obteve sua classificação como pesquisador nível I no CNPq com um currículo impressionante (também obtido na Plataforma Lattes em 22/12/2006), no qual constam 57 artigos publicados em variadas revistas em apenas três anos, o que significa 1,58 artigos por mês, algo parecido com o que observamos na produção do Doutor A, mais uma vez sugerindo uma fantástica obtenção de resultados ou criação de novas idéias científicas mensalmente. No entanto, enquanto o Doutor A obteve seu doutorado há vários anos e já orienta muitos alunos em várias universidades, o que permitiria teoricamente a sua co-participação na autoria de diversos trabalhos realizados pelas várias pirâmides de produção científica (orientador – alunos de doutorado – de mestrado – de iniciação científica) nos diferentes locais, o Doutor B começou sua atividade de orientação muito recentemente. O mais incrível é que apesar de sua juventude científica os artigos do Doutor B tratam de uma impressionante quantidade de assuntos variados: 29 doenças diferentes, com algumas ligações entre si se as considerarmos englobadas numa especialidade médica suficientemente abrangente. Não citaremos as doenças ou a especialidade para impedir a identificação do Doutor B, uma vez que nossa intenção é demonstrar a distorção do sistema e não personalizar o problema. Como esperado, a sua participação como co-autor intermediário (nem o primeiro, - geralmente o mais envolvido com o trabalho, nem o último – geralmente o orientador) foi de 37% nos seus artigos indexados no sistema de procura científica PubMed[xiii], o que pode explicar em parte a profusão de artigos e temas, sem que saibamos o seu verdadeiro grau de envolvimento com o conhecimento produzido, o que se constitui numa deficiência do nosso sistema de citação de autores[xiv].
Para saber se talvez estejamos diante de um futuro ganhador do Prêmio Nobel, resolvemos comparar a produção dos Doutores A e B com, por exemplo, dois dos últimos agraciados em Medicina: Craig C. Mello (2006) e J. Robin Warren (2005). Se considerarmos a produção científica destes dois cientistas premiados, também a partir das publicações citadas no PubMed, observa-se que Mello apresenta 45 artigos em revistas indexadas no período de 16 anos, ou seja 2,8 por ano. Warren, por sua vez, nos últimos 56 anos aparece com 94 artigos, ou seja, uma taxa de 1,6 artigos por ano. Enquanto isso, o nosso Doutor B exibe no mesmo sistema de procura a impressionante cifra de 29 artigos em três anos, ou seja, mais de 9,6 publicações anuais, batendo de longe os dois ganhadores do Nobel. O Doutor A, como já vimos, não foi encontrado naquele sistema de procura.
(...)
Leia mais em http://www.observatoriodauniversidade.blog.br/page3.aspx
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
A casta dos superbacharéis, artigo de Wilson José Vieira publicado no Correio Brasiliense
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Data: 07/02/2009 Veículo: CORREIO BRAZILIENSE - DF Editoria: OPINIÃO Jornalista(s): Wilson José Vieira
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Wilson José Vieira Engenheiro nuclear, Ph.D.
Participo de uma lista de discussão na internet (bolsa_produtividade@googlegroups.com) que tem discutido a utilização de critérios quantitativos para concessão de auxílios financeiros, de bolsas de produtividade e para avaliação de projetos pelas agências de fomento de C&T. O denominador comum é que todos acreditam que o mérito das propostas submetidas aos órgãos de fomento não é devidamente contemplado.
Não há dúvidas sobre o excelente trabalho que fizeram, e que ainda fazem, o CNPq, a Capes e a Fapesp, por exemplo. Todos sabem que a pós-graduação no Brasil é um grande sucesso. No entanto, a procura de pesquisadores e professores por melhores currículos é fomentada principalmente pela supervalorização do número de publicações, especialmente, publicações internacionais, o que chamamos de corrida pelo "currículo por metro".
Com inúmeras exceções, a corrida pelo currículo/m está concentrando as pesquisas nas linhas mais publicáveis em detrimento daquelas de maior necessidade do país. Alguns pesquisadores e professores admitem que concentram seus esforços na redação de várias publicações similares (autoplágio), fatiam suas pesquisas em vários artigos apenas para aumentar o número, participam de clube de autores que multiplica o número de publicações de cada um, editam periódicos veículos da próprias publicações, evitam pesquisas que demandem tempo ou grandes experimentos, abraçam linhas de pesquisa do exterior com maiores facilidades de publicação; evitam publicar na língua portuguesa; evitam publicar em congressos e revistas nacionais; participam da ciranda dos índices de citação e escolhem orientados com maiores chances de publicarem rapidamente. Tudo isso os distanciam ainda mais da sociedade brasileira e da atividade econômica nacional. E fazem com que percam oportunidades de descobrir coisas realmente novas e que mereceriam o reconhecimento das comunidades nacional e internacional de C&T. Está-se criando no país uma casta de superbacharéis.
O resultado da discussão é um manifesto pedindo às instituições de fomento que estudem maneiras de melhorar os critérios de avaliação de pedidos, projetos e propostas em C&T. Principalmente, que incluam o mérito. Por exemplo: por que não criar bolsa de produtividade científica, bolsa de produtividade tecnológica, bolsa de produtividade acadêmica, bolsa de mérito científico, bolsa de mérito tecnológico, bolsa de mérito acadêmico? É preciso valorizar cada área e cada atividade. Não é possível essa tábua rasa que coloca pós-graduação, ciência, tecnologia, educação e pesquisa medidas pelos mesmos critérios.
Para considerar o mérito de uma proposta em C&T, penso que os avaliadores devem se perguntar: É realmente uma contribuição à ciência? Trará maiores e melhores conhecimentos teóricos? Ou ainda, de um ponto de vista mais aplicado: é de interesse para o país, para a região? Gera emprego? Substitui importações? Salva vidas? Aumenta a eficiência? Promove a integração do país? Fortalece nossos mercados? Protege o meio ambiente? Aumenta a qualidade de vida? Diminui a poluição? Aumenta a produtividade? Diminui o custo de produção? Se questões como essas não forem consideradas, não conseguiremos transformar ciência em tecnologia, ou, mais claramente, educação em riqueza. A facilidade do julgamento de propostas com base no tamanho do currículo não poderia ser a principal razão para não se considerar o mérito de uma proposta.
Somos bons em ciência, temos excelentes universidades e laboratórios nacionais. Temos núcleos de excelência em várias áreas do conhecimento, mas não se pode perseguir apenas a meta de alcançar nível sete da capes. Qualquer programa de pós-graduação deveria, em primeiro lugar, realizar o que tem de maior mérito. Qualquer pesquisador ou professor poderia propor pesquisas de grande mérito, publicá-las e ter um currículo reconhecido. Mas se a única coisa a valorar for o tamanho do currículo, ele vai publicar um monte de obviedades inúteis enquanto suas idéias mais originais e mais necessárias talvez sejam esquecidas ou desenvolvidas no Primeiro Mundo.
Outra consequência é o inchamento das grandes universidades que absorvem a maioria dos recursos que poderiam ser utilizados para o desenvolvimento de outros polos regionais de C&T no Brasil. Isso, sim, criaria postos de trabalho qualificados e espalharia qualidade de vida pelo país como um todo. |
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Darwin: o outro lado...
Na Revista Veja desta semana (em http://veja.abril.uol.com.br/110209/p_072.shtml) está escrito o seguinte:
A Darwin o que é de Darwin...
As ideias revolucionárias do naturalista inglês, que nasceu há 200 anos, são os pilares da biologia e da genética e estão presentes em muitas áreas da ciência moderna. O mistério é por que tanta gente ainda reluta em aceitar que o homem é o resultado da evolução
As palavras dizem tudo: "aceitar que o homem é o resultado da evolução".
Teoria científica não existe para ser "aceita" por cientistas, muito menos pela população.
Existe para ser confirmada (mas nunca provada) por experiências ou refutada definitivamente.
Sugiro que leiam
http://www.dimap.ufrn.br/pipermail/logica-l/2007-July/001375.html
para ver que não são apenas fundamentalistas que não "aceitam" a teoria de Darwin.
Conversor Ortográfico Online
Link: http://www.interney.net/conversor-ortografico.php
Os dez melhores empregos nos Estados Unidos atualmente
3. Estatístico
5. Engenheiro de Software
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Link: http://www.careercast.com/jobs/content/JobsRated_10BestJobs
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
O Twitter e a notícia em primeira mão, por Ruy de Queiroz
(Mais artigos no blog Cibersegurança e O Domínio Público.)
Ruy
---TECNOLOGIA
O Twitter e a notícia em primeira mão
Artigo do leitor Ruy José Guerra B. de QueirozRecentes eventos de grande repercussão, como o último grande terremoto na China, os tremores de menor intensidade em torno de Los Angeles, a queda do airbus no Rio Hudson, e até o referendo na Bolívia, têm posto em cheque o conceito atual de "breaking news" (notícias em primeira mão), além de motivado o uso do termo "web de tempo real", e direcionado as atenções dos blogueiros e colunistas de tecnologia para um serviço inovador de mensagem instantânea: o Twitter, uma "startup" (empresa jovem de inovação tecnológica) baseada em San Francisco, fundada em julho de 2006, que administra uma rede social e serviço de mensagem instantânea que permite ao usuário enviar "mensagens de atualização" (as chamadas "tweets", termo em inglês para se referir ao grito curto e agudo de um pássaro), limitadas a no máximo 140 caracteres. Todos os eventos supracitados foram noticiados em primeira mão através da Twitter, deixando a CNN e outras megacorporações de notícias a ver navios.
Segundo o blogueiro Om Malik (do portal GigaOm), o Twitter, tal qual o Facebook, está na crista da onda da "web de tempo real", levando alguns entusiastas ao extremo e considerá-la a nova ameaça à dominação da Google. Graças à proliferação dos dispositivos pessoais de acesso à internet, celulares equipados com câmeras digitais e outros "gizmos" (termo em inglês usado para designar "aparelhos", "dispositivos"), mais e mais pessoas se engajam em atividades de expressão online compartilhando fotos, videos, e, é claro, enviando tweets.
Quase 150 milhões de pessoas usam a rede social Facebook como um repositório de suas vidas sociais digitais, utilizando o serviço para transmitir as informações a seus amigos e família (ou até a desconhecidos). Enquanto o sistema da Facebook é fechado, startup's como o Twitter e a menos conhecida FriendFeed têm uma oportunidade de criar ambientes mais ecléticos que combinem o que há de melhor na rede. Twitter tem a chance de ajudar a fomentar um ecossistema mais democrático no qual serviços de múltiplos alimentadores de tweets podem se basear na platforma. Um bom exemplo seria o "Twitpic", que permite que se compartilhe fotos com amigos, e tem tido enorme (há quem diga "de quebrar o pescoço") crescimento no seu tráfego nos últimos meses.
Com mais aplicativos adicionados, o Twitter deverá estimular ainda mais tal conteúdo de tempo real. É de se esperar que o fluxo de dados causado por esse conteúdo de tempo real deverá demandar uma metodologia de busca que possa ajuda a acrescentar contexto a essa informação, e, ciente disso, o Twitter adquiriu, em julho passado, o engenho de busca Summize.
Confiantes com a valorização da empresa, seus fundadores (liderados por Evan Williams, que não faz muito tempo vendeu o Blogger à Google) recentemente recusaram uma oferta de meio bilhão de dólares da Facebook (a maior parte disso em participação na sociedade), e comenta-se que levantaram US$ 20 milhões em mais uma rodada de capital de aventura (em inglês "venture capital", mais conhecido como "capital de risco") com base numa avaliação de US$ 250 milhões de valor de mercado.
Observa-se também que o serviço do Twitter está atraindo cada vez mais grandes corporações que buscam tentar a mídia social como meio de melhorar os serviços ao cliente, bem como a imagem de suas marcas. Por exemplo, a rede de cafeterias Starbucks usa tweets para divulgar ofertas especiais e informações nutricionais de seus produtos; o portal de comércio eletrônico Zappos, assim como a empresa de TV a cabo Comcast, e a Southwest Airlines, todas fazem uso do Twitter para chegarem mais próximos à clientela. Recentemente, até o Bank of America tornou-se um desses usuários corporativos ilustres, e usa seu fluxo de tweets como um "serviço de atendimento ao cliente ao vivo", porém com consultas e respostas feitas em público e limitadas a 140 caracteres no máximo.
Com tudo isso, mesmo quem escreve muito sobre o Twitter acha difícil explicar exatamente do que se trata. Em recente artigo no portal AllThingsDigital, Peter Kafka confessa que é um desses, e diz que, se servir de consolo, até o "New York Times" está tentando entender: o gigante da mídia, que anda cambaleante devido à queda de receita proveniente de anunciantes, tem promovido palestras aos seus funcionários sobre o serviço do Twitter, disponibilizando publicamente o conteúdo das apresentações.
Em destaque algumas observações do apresentador na última palestra: "As pessoas que atacam o Twitter por ser mundano e banal estão perdendo de enxergar o ponto principal. É mundano, mas o mesmo acontece com a maior parte de nossas conversas durante o dia. (.) O estúpido e o trivial são a cola social da conversação. (.) Twitter é estúpido, mas é o tipo certo do estúpido."
No final das contas, é como se o papo direto e corriqueiro fosse transportado para o espaço cibernético.
Ruy José Guerra B. de Queiroz é professor associado do Centro de Informática da UFPE