Link: http://globoplay.globo.com/v/4729036/ |
O primeiro episódio foi sobre os corredores quenianos, que dominam com folga os rankings de maratonistas e também vão muito bem em outras distâncias.
A matéria mostrou que nem todo queniano corre e abordou o estímulo que se dá à corrida desde a época de escola. Não deixou claro que algumas crianças usam sim a corrida como meio de transporte, isto é, praticam corrida-transporte.
Mostrou crianças correndo descalças e falhou em não dizer que alguns acham que isto pode ser benéfico para os futuros corredores. Quem treina descalço, por ter maior feedback nos pés, talvez desenvolva uma melhor técnica de corrida.
Foi bem correto ao mostrar que existem vários fatores que podem justificar o sucesso dos quenianos, entre os quais genética ("pernas longas e finas"), pobreza (os prêmios nas corridas, que não se comparam ao de esportes como futebol, representam muito para eles), tradição (ainda que recente), altitude (pulmões mais largos), muito treino, muita competição interna (treinos coletivos).
Errou ao dizer que eles treinam 200Km em alta intensidade, 3 sessões por dia, toda semana. Segundo o livro Running with the Kenyans não é tanto toda semana e não é tudo em alta intensidade. Longe disso. A maior parte dos treinos são em intensidade moderada (numa velocidade que para muitos corredores profissionais seria alta, mas para eles a intensidade é moderada e é isto que importa).
Comentou a questão do doping que vem sujando (um pouco apenas) a imagem do país recentemente. Parece que o controle lá é muito fraco.
Mencionou a influência de estrangeiros (Gabriele Rosa foi entrevistado). Senti falta do Brother Colm O'Connell, um padre irlandês responsável por vários atletas quenianos entre os quais o fantástico David Rudisha.
Não deu muito destaque à presença dos quenianos no Brasil (que na minha opinião são muitos e acabam prejudicando a formação de nossos atletas) por não estar no foco da matéria.
No geral, uma ótima reportagem.
Link: http://globoplay.globo.com/v/4729036/
PS: Fiquei sabendo desta resportagem através de um Tweet do Sérgio Xavier Filho, que ficou sabendo através do Iberê Dias. Ele depois tuitou o link que passei para ele.
Sensacional. E linda matéria, ainda por cima. Múltiplos fatores para quenianos serem reis da longa distância https://t.co/pr41AHUnES
— Sérgio Xavier Filho (@sxavierfilho) January 10, 2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário! Não uso verificação de palavras.